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MODERNA E TRADICIONAL
Ninho de Pássaro e Cubo d'Água, construídos para a Olimpíada, se transformaram em atrações turísticas
Inovadora, Pequim é museu a céu aberto
DO ENVIADO A PEQUIM E XANGAI
Capital do país de maior população mundial, Pequim é
uma cidade de superlativos.
Quem tem tempo curto e precisa escolher apenas uma cidade
chinesa para visitar costuma ir
para lá. Motivos não faltam.
É possível ver monumentos
históricos, que marcam o quão
antigo e tradicional são a cultura e o poderio chineses - casos
da Cidade Proibida, do Templo
do Céu, e da Muralha da China- atingíveis em menos de
uma hora.
E é lá também que ficam alguns dos mais inovadores prédios da China em termos de arquitetura (leia mais na pág. F7).
Destaque para a torre da
CCTV, a emissora estatal, e, obviamente, para as instalações
dos Jogos Olímpicos de 2008,
os emblemáticos Ninho de Pássaro e Cubo d'Água -que, se
não representam quase nada
em termos de legado esportivo,
pois pouco voltaram a servir
para abrigar competições, têm
seu valor como ponto para
atrações turísticas.
Em termos gastronômicos,
além de encontrar produtos estranhos ao estômago ocidental,
como os caricatos espetinhos
de escorpião, bicho-da-seda,
ninhos de andorinha e cavalos-marinhos, entre outros, é possível (e fácil) se deliciar com um
prato típico sem se aventurar.
O pato de Pequim, também
conhecido como pato laqueado,
é uma das mais tradicionais
iguarias da culinária chinesa. A
ave costuma ser levada inteira à
mesa após o preparo, para ser
trinchada por um garçom.
É degustada enrolada em
uma espécie de panqueca com
molho de soja. O prato é mais
pesado que o magret (peito de
pato preparado no estilo francês), mas não deve nada em termos de sabor.
Massagem
Depois do jantar, uma opção
de programa bem chinês é visitar uma casa de massagem. Diferentemente do que costumamos esperar no Brasil, porém, o
local não se pretende zen.
Os chineses costumam ir à
massagem para bater papo, assistir à TV, fumar e falar alto.
São amplas salas, onde a oferta é igualmente vasta (é possível, por exemplo, passar mais
de uma hora recebendo massagem na cabeça, em que até as
orelhas do cliente são tratadas).
A mais tradicional, porém, é a
massagem nos pés. Enquanto
os massagistas trabalham, os
clientes batem animados papos
sobre diversos assuntos -o que
lembra conversas de mulheres
brasileiras quando estão na
manicure ou no cabeleireiro.
Quem for mais sensível deve
logo alertar o massagista, pois a
técnica chinesa nem sempre
contempla o uso de cremes e
óleos. E o método de massagem
invariavelmente usa as mesmas partes do corpo empregadas em golpes de artes marciais, como os cotovelos.
Mas é relaxante, principalmente depois de passar incontáveis horas num avião para desembarcar na China ou após
bater pernas por um dia todo
pela cidade.
Símbolo
No início deste ano, pesquisadores descobriram novos trechos da Muralha da China, o
mais importante marco histórico do país e um dos locais
mais visitados pelos turistas.
Entretanto, há questionamentos sobre o impacto que o
turismo traz para o monumento, como desenhos e nomes
gravados nas pedras.
(LUÍS FERRARI)
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