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PARIS PARA CRIANÇAS
Submarino, planetário e cinema de 1.000 m2 estimulam crianças a aprender ciência brincando
Infante ajuda a fazer farinha no La Villette
DA ENVIADA ESPECIAL A PARIS
A época do ano pouco importa.
O parque La Villette (www.villette.com), o maior parque urbano
de Paris, cujas instalações estendem-se por 55 hectares, combina
uma estética pouco comum a locais do gênero: amplos jardins e
pavilhões e edifícios baixos, que
abrigam várias atividades. A Cidade das Ciências e o Géode são
atrativos para o parisiense comum, que leva suas crianças lá.
O parque La Villette merece pelo menos três visitas. Chega-se ao
local de ônibus, de barco ou de
metrô (mais indicado pela rapidez). Só a Cidade das Crianças
(Cité des Enfants) vale uma tarde
ou uma manhã inteira.
Por ser um espaço (4.000 m2) totalmente dedicado a crianças, o
ingresso para os pequenos é pago.
Custa 6,60. Os pais podem escolher a exposição para os de três
a cinco anos, que vão passar por
várias estações.
A descoberta da imagem, em jogos de espelhos, não chega a ter
graça por ser comum. Mas, na
história do crescimento do grão
de trigo, a criança observa quatro
estágios do desenvolvimento dessa semente e depois vai brincar
em quatro máquinas que fazem
com que os grãos subam e desçam em um circuito fechado.
Para fabricar a farinha, o petiz
mexe com uma manivela e quebra os grãos. O processo é concluído em um vídeo divertido que
mostra a fabricação do pão em
uma padaria. Uma brincadeira
que encanta a garotada é ver seus
movimentos filmados e desintegrados por um computador. O resultado aparece em uma tela
grande. Basta dançar a música.
A brincadeira lúdica ganha mais
ares de complexidade quando se
trata de mostrar à garotada de
cinco a 12 anos a importância da
água e a tecnologia utilizada para
fazer chegar esse bem à casa do
morador de grandes cidades. Na
estação La Pompe à Piston (bomba a pistão), é possível verificar
como a água sobe em desce em
duas etapas.
O carro solar, a parede de engrenagens e os instrumentos inventados pelo homem para medir o
tempo são outros atrativos.
No próprio parque, outra visita
interessante é o submarino Argonaute. Por 3, das 10h30 às
17h30, durante a semana, adultos
e crianças conferem o periscópio
e verificam o radar.
A gigantesca esfera conhecida
por Géode (www.lageode.fr) merece atenção. Trata-se de uma sala
com uma tela gigantesca hemisférica de 1.000 m2 e 36 m de diâmetro. A visão impressiona. Em cartaz, há quatro filmes com duração
de no máximo 45 minutos.
Reserve ainda uma visita ao planetário, também localizado no
parque La Villette. Um simulador
astronômico com projetores encarregam-se de reproduzir o curso dos planetas para que o espectador possa ver a forma da Ursa
Maior e a constelação de Orion. O
espetáculo não pode ser perdido.
Como o parque La Villette é gigantesco, é melhor comprar um
guia ou pegar folhetos no próprio
local para programar várias idas.
Outra dica é visitar o site www.cite-sciences.fr e escolher o que
ver, pois um dia ou dois não são
suficientes para abranger a grandiosidade desse local.
História natural
O Museu de História Natural
(www.mnhn.fr), localizado no
jardim de Plantas, reserva ao visitante cinco andares. A evolução
serve de estrutura para explicar as
ciências e sua diversidade. A exposição permanente dá uma ampla idéia dos seres vivos e sua história ao longo de 10 mil anos.
Durante o passeio, o pai utiliza
animais empalhados como exemplos para usar todo seu didatismo
e matar aquelas perguntas da fase
do "por quê?". Impossível sair ileso, destituído de qualquer emoção. O segundo andar, em um de
seus trechos, reserva a história de
cinco espécies de rinocerontes
que povoavam as florestas e as savanas da África e da Ásia no início
do século 20. No mesmo piso, há
exemplares de espécies extintas.
Pais cansados podem repousar
em poltronas.
(MARIJÔ ZILVETI)
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