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VISÕES HÚNGARAS
Páprica tempera pratos da culinária nacional com carne e batatas; cafés integram cenário da capital
Caminhadas compensam comida pesada
EM BUDAPESTE
A culinária de Budapeste é rica
e leva bastante carne e um tanto
de páprica, do tipo doce ou picante. Portanto prepare-se para comer muito, apesar de a comida
ser um pouco pesada. Ainda bem
que a cidade convida a caminhadas, para ajudar a queimar as calorias extras.
Um dos pratos mais tradicionais é o gulyás, uma sopa que leva
carne, cebola e batata. Também
há comida parecida com o goulash, um cozido chamado de pörkölt. Os restaurantes do tipo étterem têm cardápio variado.
Para uma refeição rápida e
(bem) barata no distrito do Castelo, experimente o Fortuna Önkiszolgáló (I Hess András tér 4).
Lembra um bandejão, com as
pessoas em fila em frente a um
balcão com as comidas (depois,
cada um leva o prato vazio até um
balcão na cozinha). A refeição é
boa e variada, e uma vantagem é
que você vê o que vai comer antes
de pedir, já que os nomes dos pratos do dia, escritos em um quadro, não ajudam.
Já os cafés são desde longa data
parte do cenário de Budapeste.
Começou com a chegada dos turcos, que introduziram a bebida.
No século 19, os cafés eram locais
para relaxar, trabalhar e debater
idéias. Muitos dos mais tradicionais fecharam com a depressão
dos anos 1930 e a guerra.
Assim, torna-se mais importante ainda visitar, em Peste, um café
muito freqüentado pelo seu valor
histórico, o Gerbeaud (V Vörösmarty tér 7), de 1858. Sempre
atraiu a elite da cidade. O balcão
de vidro exibe iguarias bastante
atrativas e estimula a tomar pelo
menos um cafezinho nas mesas
iluminadas por belos lustres.
De lembrança gastronômica,
você pode trazer potes de páprica
ou um bom vinho húngaro. Existem 22 áreas de vinícolas na Hungria, sendo que as de Tokaj e as de
Eger estão entre as mais conhecidas. De Eger vem, por exemplo, o
Egri Bikavér (sangue de boi de
Éger): dizem que em 1552 a cidade
foi cercada pelos turcos durante
um mês. Os inimigos se assustaram com a força dos húngaros e
diziam que estes provavelmente
bebiam sangue de boi.
Budapeste também oferece
muito artesanato. Há lojas e feirinha no distrito do Castelo, que
vendem trabalhos em renda, bonecos e "caixinhas secretas", que
exigem truques para serem abertas. Muito atraentes são os jogos
de xadrez em madeira. As peças
lembram ora bonecos Lego, ora
guerreiros medievais.
Nos finais de semana, em um
dos portões de acesso ao Palácio
Real, artistas e artesãos vendem
gravuras e peças de vidro e tecido,
que fogem um pouco do estilo de
suvenires típicos de locais turísticos.
(CHIAKI KAREN TADA)
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