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VISÕES HÚNGARAS
Basílica, dedicada ao rei Estevão, guarda sua mão direita, e tour pelo Parlamento exibe sua coroa
Peste homenageia monarca e exalta cenário artístico
EM BUDAPESTE
Peste, de ruas largas que abrigam charmosos cafés, teatros, lojas e museus, também guarda
dois dos principais ícones da nação húngara. Um deles fica na basílica dedicada ao rei e santo Estevão 1º. Trata-se da mão direita,
mumificada, do monarca. A relíquia de mil anos fica em um pequeno baú de vidro, que é iluminado quando turistas curiosos depositam uma moeda de cem florins numa caixinha.
A relíquia, apesar de sua importância, não é o item mais chamativo da basílica. Mais bela é a decoração no teto do domo de 96 m da
catedral neoclássica, de 1906. É
possível subir uma escadaria de
370 degraus ou usar um elevador
para ter uma visão geral da região.
O outro símbolo da Hungria é
uma coroa; pertenceu a Estevão e
está guardada em um salão no
Parlamento. A construção ficou
pronta em 1902, mas logo em seguida teve de passar por reformas,
porque o material usado para erguê-la não era dos melhores. Os
arquitetos investiram mais no desenho harmonioso da construção, um misto de neogótico, bizantino e barroco, entre outros, e
em sua rica decoração interior.
A visita ao Parlamento é guiada
e feita em diferentes idiomas, com
hora marcada. Prepare-se para
pegar uma fila, pois os tours são
bastante disputados.
Música e artes
O rico cenário artístico e musical da capital se destaca nos endereços em Peste. Basta passar em
frente à Academia de Música
Franz Liszt para entender por
que: você vai ouvir os estudantes
praticando com seus instrumentos. Concertos são realizados em
seu interior ricamente decorado.
Se você gosta de música erudita, o
mais indicado é assistir a uma das
concorridas apresentações na
Ópera (www.opera.hu). Mesmo
quem não aprecia esse tipo de
música pode pelo menos ver o
prédio de 1884 de perto ou participar de uma das visitas guiadas.
O teatro Erkel, a segunda casa
de ópera da capital, é muito procurado pelos moradores, que chegam usando seus melhores trajes
formais. A Ópera fica na rua Andrássy, que, junto do entorno do
Danúbio e do distrito do Castelo,
é tombado pela Unesco.
Se você não for um aficionado
por música erudita, mas quiser
ouvir algo leve, uma opção é a
apresentação Donau Danube
Koncert, no teatro Duna Palota (a
partir de 6.400 florins, R$ 64). Os
músicos tocam peças curtas e conhecidas de compositores como
Liszt, Bartók, Brahms e Strauss. O
público é formado basicamente
por turistas. O mesmo grupo organiza apresentações de dança
folclórica.
Peste é um bom lugar para caminhar, sem hora para voltar,
apreciando a arquitetura da capital. Uma obra-prima de um dos
mestres da arquitetura húngara,
Ödön Lechner, é o Museu de Artes Decorativas, do final do século
19. Ali estão os azulejos de cerâmica coloridos, na fachada e no telhado, mas com detalhes que lhe
conferem um ar oriental. No interior, o pátio é inspirado no palácio
de Alhambra, em Granada, na Espanha. Ali estão expostos móveis
e artigos decorativos do dia-a-dia.
No final de um dia de passeio
por Peste, as atenções voltam-se
novamente ao Danúbio e a uma
última caminhada para apreciar
as colinas de Buda, com o Palácio
Real iluminado sobre a ponte Széchenyi. Depois, é só procurar um
dos muitos cafés para descansar e
relaxar.
(CHIAKI KAREN TADA)
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