São Paulo, quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

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BOM DIA

Bufê, apesar de não ser um dos mais caros, fica aquém do esperado para o cinco-estrelas; serviço é frio e antipático

Fasano desaponta com sua mesa fraca

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Decepciona, sim. Ele é, quiçá, o hotel mais famoso de São Paulo, e sofisticação e exclusividade são seus sinônimos. Mas, no café da manhã, o Fasano deixa a desejar.
O preço não é dos mais assustadores (R$ 35, com taxa de serviço de 10%) -até surpreende, em comparação à diária, de R$ 714-, mas não é justificativa para um bufê tão parco.
Não se questiona a qualidade dos produtos (exceto pelo queijo prato, um tanto menos fresco do que deveria), mas sim a pouca variedade: apenas dois tipos de suco e de fruta em fatias, sendo uma delas um pedaço de abacaxi grande demais para uma porção, e ausência de pratos quentes no bufê.
Há, claro, pães delicados, manteiga francesa e um excelente café, além de um ambiente pacífico e charmoso -com toalhas na mesa, em vez de jogos americanos. Mas a antipatia do serviço ofusca o refinamento dos detalhes.
Desde a entrada no hotel, nada de bons-dias. Na recepção -para não se perder: ela fica atrás do bar, bem escondida-, ninguém mostra interesse pelo visitante perdido, que busca o salão do café da manhã -que, aliás, é servido no restaurante Nonno Ruggero, no primeiro andar. O garçom é mais atencioso, mas é melhor não esperar um sorriso dele. Tudo é meio frio.
Além do bufê -que inclui ainda cereais, dois tipos de bolo e uma quiche-, o cliente tem direito a ovos fritos, mexidos ou poché e omelete, feitos na hora. Não deixe de pedir, pois são corretos. Café expresso, cappuccino e chocolate também são servidos à vontade. Se quiser pedir um misto quente, saiba que terá de desembolsar R$ 12 -preço que, aliás, se compara aos praticados nos demais hotéis que servem café à la carte.
Trocando em miúdos. Sim, vale a pena passar um início de manhã no Fasano (pelo prazer de conhecer a tradicional casa e de experimentar uma boa cozinha), especialmente a dois, mas tudo poderia ser um pouquinho mais: um pouco mais de atenção; um pouco mais de diversidade; um pouco mais de simpatia. (JULIANA DORETTO)


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