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BOM DIA
Bufê, apesar de não ser um dos mais caros, fica aquém do esperado para o cinco-estrelas; serviço é frio e antipático
Fasano desaponta com sua mesa fraca
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Decepciona, sim. Ele é, quiçá, o
hotel mais famoso de São Paulo, e
sofisticação e exclusividade são
seus sinônimos. Mas, no café da
manhã, o Fasano deixa a desejar.
O preço não é dos mais assustadores (R$ 35, com taxa de serviço
de 10%) -até surpreende, em
comparação à diária, de R$ 714-,
mas não é justificativa para um
bufê tão parco.
Não se questiona a qualidade
dos produtos (exceto pelo queijo
prato, um tanto menos fresco do
que deveria), mas sim a pouca variedade: apenas dois tipos de suco
e de fruta em fatias, sendo uma
delas um pedaço de abacaxi grande demais para uma porção, e ausência de pratos quentes no bufê.
Há, claro, pães delicados, manteiga francesa e um excelente café,
além de um ambiente pacífico e
charmoso -com toalhas na mesa, em vez de jogos americanos.
Mas a antipatia do serviço ofusca
o refinamento dos detalhes.
Desde a entrada no hotel, nada
de bons-dias. Na recepção -para
não se perder: ela fica atrás do bar,
bem escondida-, ninguém mostra interesse pelo visitante perdido, que busca o salão do café da
manhã -que, aliás, é servido no
restaurante Nonno Ruggero, no
primeiro andar. O garçom é mais
atencioso, mas é melhor não esperar um sorriso dele. Tudo é
meio frio.
Além do bufê -que inclui ainda cereais, dois tipos de bolo e
uma quiche-, o cliente tem direito a ovos fritos, mexidos ou poché e omelete, feitos na hora. Não
deixe de pedir, pois são corretos.
Café expresso, cappuccino e chocolate também são servidos à
vontade. Se quiser pedir um misto
quente, saiba que terá de desembolsar R$ 12 -preço que, aliás, se
compara aos praticados nos demais hotéis que servem café à la
carte.
Trocando em miúdos. Sim, vale
a pena passar um início de manhã
no Fasano (pelo prazer de conhecer a tradicional casa e de experimentar uma boa cozinha), especialmente a dois, mas tudo poderia ser um pouquinho mais: um
pouco mais de atenção; um pouco
mais de diversidade; um pouco
mais de simpatia.
(JULIANA DORETTO)
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