|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA
Estado recebeu 7 milhões de visitantes em 2005 e busca, agora, diminuir o fluxo e, ao mesmo tempo, aumentar o lucro
Havaí quer mais dólares de menos turistas
DA REDAÇÃO
O número de turistas ao Havaí
alcançou a marca dos 7 milhões
pela primeira vez em 2005. Esbarrando no limite do local, a indústria do turismo busca agora tornar as ilhas mais exclusivas.
Em 2005, o arquipélago recebeu
7.457.297 turistas, que gastaram a
marca de US$ 115 bilhões.
As autoridades do setor detectaram que isso é muito perto da capacidade máxima e querem agora
ser mais seletivos: atrair mais dólares com muito menos visitantes.
O alvo é o que eles batizaram de
"turista em busca de atividade".
Traduzindo em miúdos: pessoas
ricas que jogam golfe, passam horas em spas, visitam várias ilhas e
pagam por lanches superfaturados em bares de hotéis.
Um monte de turistas pode não
parecer um problema para o Estado mais dependente do setor nos
EUA. Mas pode ser. "Se você tenta
colocar o maior número de pessoas possível no seu espaço, começa a estragar o seu produto",
diz Rex Johnson, presidente do
Hawaii Tourism Authority (escritório de turismo do Havaí).
Com muitos turistas, o serviço
falha, e praias, parques, aeroportos e as já congestionadas estradas
lotam. Longas filas de carro já são
a regra em atrações turísticas populares, como o USS Arizona Memorial. "Se perdermos aquilo que
chamamos de "aloha", nos tornaremos só um destino de praia e
surfe. Não creio que sobreviveremos assim", diz Johnson.
O rumo do dinheiro investido
em propaganda mostra o público
que o Havaí quer atrair. O Hawaii
Visitors & Convention Bureau,
agência privada de divulgação,
lançou campanha que tem anúncios em canais de TV como o Travel Channel e em sites como os do
Discovery Channel, da revista
"Forbes" e do "Wall Street Journal". Foi investido US$ 1 milhão
nesses anúncios. Outros US$ 100
mil foram gastos para imprimir
anúncios no "Wall Street Journal", único diário escolhido.
Mas, mesmo com um olho voltado para o turista endinheirado,
as autoridades ressaltam que não
estão tentando se livrar dos outros viajantes. Lembram que
qualquer desastre natural ou causado pelo homem pode inverter a
curva de crescimento a qualquer
instante. "É uma indústria realmente frágil", afirma Johnson.
Texto Anterior: Aviação: Delta promove trechos internos nos EUA Próximo Texto: Carnaval: Bar Luiz faz folia calma com mesas na calçada Índice
|