São Paulo, quinta-feira, 23 de agosto de 2007

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BALEIAS AQUI

Mamíferos marinhos pululam na costa

Em setembro, jubarte e franca procuram as águas da Bahia e de Santa Catarina com seus filhotes

Enrico Marcovaldi - 22.mai.2004/Instituto Baleia Jubarte
Jubarte em Salvador; temporada para ver esses mamíferos marinhos na Bahia aquece em setembro e vai até novembro


JULIANA CALDERARI
ENVIADA ESPECIAL À PRAIA DO FORTE (BA)

No próximo mês, a população costeira do Brasil vai aumentar. É que, em setembro, as jubartes e baleias francas darão à luz seus filhotes nos litorais baiano e catarinense. Apesar de a temporada de observação de baleias no Brasil acontecer entre os meses de julho e novembro, é em setembro, principal mês de nascimento dos filhotes, que a atividade esquenta.
Fugindo do inverno rigoroso na Antártida, esses gigantes do mar migram anualmente para o Brasil para se acasalarem, ter e alimentar seus filhotes.
Além da presença maciça das baleias nas águas subtropicais e tropicais do país, é notável também a chegada de turistas, atraídos pelo espetáculo de observação dos cetáceos. Nesse mercado, que movimenta em torno de US$ 1 bilhão por ano, o turista brasileiro é ainda minoria -e quase sempre estreante.
De julho a novembro, é possível encontrar as jubartes do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro, como aconteceu na semana passada, quando um dos mamíferos deu um show de acrobacias na praia da Barra da Tijuca. Mas é nas águas quentes da Bahia que a maioria das baleias se concentra -é lá também que está mais consolidado o turismo de observação.
É no Estado que a organização não-governamental Instituto Baleia Jubarte faz parcerias com operadoras de turismo em Itacaré, Caravelas, Praia do Forte e, em 2007, pela primeira vez, Morro de São Paulo.
Estima-se que na Bahia, região de reprodução da jubarte, cerca de 65% dos turistas sejam estrangeiros, revela Silvio Luis Pereira, 42, coordenador de operações da CentroTour. Embora em menor quantidade que no Nordeste, em Santa Catarina, onde é possível encontrar a baleia franca, a média de estrangeiros é de 40%, segundo dados da Associação de Pousadas da Praia do Rosa.
Com o aumento da população geral de baleias após a proibição à caça no Brasil, em 1987, operadoras de turismo de ambos os estados acreditam que a atividade só tende a aumentar.
Misturando diversão à proteção e à educação ambiental, o turismo de observação de baleias no Brasil proporciona também o desenvolvimento sustentável das comunidades locais.

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