DA ENVIADA ESPECIAL A CAMBURI

Se você ainda acredita que praia é local para tomar só cerveja e caipirinha, vai se surpreender ao se deparar com as cartas de vinhos e o preparo dos funcionários de alguns restaurantes de Camburi, segundo os quais o consumo da bebida na região tem acompanhado o ritmo do consumo nacional.
O Manacá foi o pioneiro no treinamento dos seus profissionais -começou a investir no segmento em 1995- e já tem dois sommeliers formados pela ABS (Associação Brasileira de Sommeliers), segundo o seu proprietário, Edinho Engel, que conta dispor de uma carta de mais de 120 vinhos no restaurante.
Os outros garçons também têm condições de orientar os clientes, já que costumam estudar o assunto nos momentos em que o movimento está mais baixo. Euclides Castelhano, sommelier da casa, conta que toda segunda-feira há uma confraria que se reúne para degustar e discorrer sobre vinho.
Do restaurante Tiê, cuja carta tem cerca de 70 vinhos, o garçom Edson Terra Mello está no estágio avançado do curso da ABS, que é pago pela casa. Ele faz sugestões e não se furta a conversar sobre o tema. "Alguns clientes vêm aqui apenas para tomar vinho."
Uma sugestão dele é um Sauternes 2000, um vinho francês que harmoniza bem com a sobremesa e que foi utilizado no festival Camburi Gastronômico. A meia garrafa dele custará R$ 88 no Tiê.
Embora não tenham o conhecimento de Mello, os outros garçons do Tiê já assistiram a palestras ministradas por profissionais da Mistral, importadora da qual o restaurante compra 90% dos itens da sua carta, segundo o dono da casa, Franco Tomasin.
Já a parceria do Ogan é com a Expand Group, que concedeu uma cave climatizada em troca da garantia de que 70% dos vinhos da carta da casa sejam comprados da empresa. Os garçons do restaurante aprendem sobre a bebida por meio de apostilas oferecidas pela importadora.
Embora os funcionários do Antigas não tenham conhecimento sobre a bebida, o restaurante se preparou para o Camburi Gastronômico, para o qual foi elaborado um menu e uma carta de vinhos especiais. Antes do evento, um sommelier simulou diversas situações. "Também trocamos as nossas taças", conta a proprietária, Denise M. Mori. (MV)


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