São Paulo, segunda-feira, 23 de setembro de 2002

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Conheça algumas casas da região

DA ENVIADA ESPECIAL

Findado o Camburi Gastronômico, o rodízio de restaurantes garantindo que pelo menos um permaneça aberto a semana inteira continua até a alta estação, quando todos funcionam diariamente até o fim do Carnaval.
Na semana que vem, ficará aberto o Manacá, que abriu o festival, tem 15 anos e fica numa construção de palafitas de madeira no meio da mata atlântica. Para chegar lá, o freguês faz uma baldeação no estacionamento, onde deixa o carro e monta em uma van, devido à dificuldade em estacionar nas imediações do local.
O cliente já começa a ter uma idéia do sabor que vai desfrutar ao receber o couvert (R$ 10 por pessoa), composto de itens como um leve patê de ricota com Catupiry e pesto, além de pepinos cortados em tirinhas com gengibre.
A erva, aliás, dá o tom do saboroso salmão em crosta de batatas com creme de gengibre e cenouras caramelizadas (R$ 36). Entre os pratos servidos no festival, deve permanecer no cardápio a torre de cavaquinha e abacate em gaspacho (que vai custar R$ 26).
Também o Tiê deve aproveitar pratos do festival para o cardápio definitivo, como o delicioso enformado de carne-seca e abóbora com crocantes de mandioca e o petit gateau de goiaba ao creme de queijo. Trata-se do tradicional romeu-e-julieta em versão sofisticada. (Os preços ainda não foram definidos.) Uma vez no Tiê, vale a pena se deliciar com o abadejo com alcaparras acompanhado de arroz, cenoura e batata sauté (R$ 52, serve duas pessoas).
Na mesma linha da sobremesa brasileira com toque refinado, a musse de queijo com doce de abóbora (R$ 9,80) do restaurante Ogan lembra a infância, mas na medida certa, sem proporcionar culpa "calórica", já que o doce de abóbora vem numa pequena porção incrustada na própria musse, feita à base de cottage, muito usado por quem está de regime.
O local tem o dom de quebrar o tabu do rejeitado jiló, servido frito como petisco, acompanhado de pimenta-dedo-de-moça. Mesmo quem normalmente tem ojeriza ao fruto detona a porção.
Antes mesmo de oferecer o cardápio, o garçom, com duas garrafas de água nas mãos, pergunta se o freguês a prefere com ou sem gás. Segundo Alexandrini, proprietário do restaurante, 90% das pessoas aceitam a bebida.
Outro diferencial no serviço da casa agrada principalmente às famílias. Quando o movimento está fraco e os garçons estão disponíveis, fazem dobraduras para entreter as crianças com os papéis coloridos utilizados como jogo americano ou mesmo brincam com elas enquanto os pais comem com tranquilidade.
Num estilo informal, o restaurante Antigas tem preços mais acessíveis em relação aos citados anteriormente e utiliza alguns ingredientes cultivados na horta da própria casa para a elaboração de seus pratos. Dali são colhidos por exemplo o alecrim, a salsa, o manjericão e o orégano utilizados no harmônico robalo grelhado com manteiga de ervas, acompanhado de farofa de maracujá (R$ 26 para duas pessoas).
Embora o cardápio da casa mude uma vez por ano -na chegada do verão-, a proprietária, Denise Mayumi Mori, conta que há itens que não podem ser tirados nunca, como as lulas recheadas de moranga ao molho de shoyu (R$ 24, serve duas pessoas). (MV)


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