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Conheça algumas casas da região
DA ENVIADA ESPECIAL
Findado o Camburi Gastronômico, o rodízio de restaurantes
garantindo que pelo menos um
permaneça aberto a semana inteira continua até a alta estação,
quando todos funcionam diariamente até o fim do Carnaval.
Na semana que vem, ficará
aberto o Manacá, que abriu o festival, tem 15 anos e fica numa
construção de palafitas de madeira no meio da mata atlântica. Para
chegar lá, o freguês faz uma baldeação no estacionamento, onde
deixa o carro e monta em uma
van, devido à dificuldade em estacionar nas imediações do local.
O cliente já começa a ter uma
idéia do sabor que vai desfrutar ao
receber o couvert (R$ 10 por pessoa), composto de itens como um
leve patê de ricota com Catupiry e
pesto, além de pepinos cortados
em tirinhas com gengibre.
A erva, aliás, dá o tom do saboroso salmão em crosta de batatas
com creme de gengibre e cenouras caramelizadas (R$ 36). Entre
os pratos servidos no festival, deve permanecer no cardápio a torre de cavaquinha e abacate em
gaspacho (que vai custar R$ 26).
Também o Tiê deve aproveitar
pratos do festival para o cardápio
definitivo, como o delicioso enformado de carne-seca e abóbora
com crocantes de mandioca e o
petit gateau de goiaba ao creme de
queijo. Trata-se do tradicional romeu-e-julieta em versão sofisticada. (Os preços ainda não foram
definidos.) Uma vez no Tiê, vale a
pena se deliciar com o abadejo
com alcaparras acompanhado de
arroz, cenoura e batata sauté (R$
52, serve duas pessoas).
Na mesma linha da sobremesa
brasileira com toque refinado, a
musse de queijo com doce de abóbora (R$ 9,80) do restaurante
Ogan lembra a infância, mas na
medida certa, sem proporcionar
culpa "calórica", já que o doce de
abóbora vem numa pequena porção incrustada na própria musse,
feita à base de cottage, muito usado por quem está de regime.
O local tem o dom de quebrar o
tabu do rejeitado jiló, servido frito
como petisco, acompanhado de
pimenta-dedo-de-moça. Mesmo
quem normalmente tem ojeriza
ao fruto detona a porção.
Antes mesmo de oferecer o cardápio, o garçom, com duas garrafas de água nas mãos, pergunta se
o freguês a prefere com ou sem
gás. Segundo Alexandrini, proprietário do restaurante, 90% das
pessoas aceitam a bebida.
Outro diferencial no serviço da
casa agrada principalmente às famílias. Quando o movimento está
fraco e os garçons estão disponíveis, fazem dobraduras para entreter as crianças com os papéis
coloridos utilizados como jogo
americano ou mesmo brincam
com elas enquanto os pais comem com tranquilidade.
Num estilo informal, o restaurante Antigas tem preços mais
acessíveis em relação aos citados
anteriormente e utiliza alguns ingredientes cultivados na horta da
própria casa para a elaboração de
seus pratos. Dali são colhidos por
exemplo o alecrim, a salsa, o manjericão e o orégano utilizados no
harmônico robalo grelhado com
manteiga de ervas, acompanhado
de farofa de maracujá (R$ 26 para
duas pessoas).
Embora o cardápio da casa mude uma vez por ano -na chegada
do verão-, a proprietária, Denise
Mayumi Mori, conta que há itens
que não podem ser tirados nunca,
como as lulas recheadas de moranga ao molho de shoyu (R$ 24,
serve duas pessoas).
(MV)
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