São Paulo, quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

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Opera House e megaponte coroam baía em Sydney

Turista tem vista privilegiada da cidade ao escalar a Harbour Bridge

É possível fazer passeio de cerca de uma hora em uma plataforma ao ar livre na torre de Sydney, de 268 metros

Silvio Cioffi - 25.mai.1999/Folhapress
Silhueta da Opera House ao lado da Harbour Bridge, durante pôr do sol

ENVIADO A SYDNEY

Do alto da Harbour Bridge, a ponte arqueada sobre a baía de Sydney, o guia Michael Burne aponta a torre do centro da cidade e enche o peito para dizer: "Nesta cidade vende-se adrenalina".
Concluída em 1932, numa época de depressão econômica, a ponte em arco de aço mais larga do mundo, de 49 metros de largura, é uma proeza e, ao lado da Opera House, é um dos cenários mais fotografados do país.
Moradores cruzam seu 1,15 quilômetro de carro (a mão é inglesa), de trem, a pé, outros a usam como pista de corrida. A ponte parece ter vida -e tem mesmo.
Uma coisa que poucos turistas fazem -e quem fez diz ter sido a melhor experiência na cidade- é escalar os 134 metros até o ponto mais alto.
"Daqui de cima, a gente se torna parte da vista. Quanto mais subimos, mais impressionante a Opera House fica", diz Burne.
Para subir, é preciso usar uma roupa camuflada na cor das ferragens da ponte, para não distrair os motoristas.
A escalada não é fácil. O caminho é pelo interior da estrutura, com passagens estreitas cheias de obstáculos. E, por segurança, os "alpinistas" sobem o tempo inteiro amarrados a um cabo de aço. Pelo mesmo motivo, não são permitidas câmeras.
Ainda assim não desanime. Toda a subida, feita em grupos de até 14 pessoas e que dura cerca de três horas e meia, é fotografada pela equipe da ponte.
Depois da escalada, há quem se encoraje para mais adrenalina, numa vista igualmente impressionante: a da torre de Sydney, aquela citada pelo guia no começo desta reportagem, que, com seus 268 metros, é tão alta quanto a torre Eiffel, de Paris.
Respeitando o mesmo esquema de segurança (macacão, cabo de aço etc.), o passeio consiste em dar, em uma hora, uma volta em uma plataforma ao ar livre.
De tão alto (note que é o dobro da Harbour Bridge, concluída em 1932), vê-se pouco dos marcos da cidade, como a Opera House, projeto de 1959 de Jorn Utzon, arquiteto dinamarquês que não participou da inauguração do prédio, em 1973 (leia mais na página F7). Dá para ver pontos distantes, como as Blue Mountains, formação rochosa que é atração turística nos arredores.
Prepare o bolso, a emoção em Sydney é cara. São cerca de US$ 200 (R$ 340) para escalar a ponte e US$ 65 (ou R$ 110) para a volta vertiginosa na torre que, vale dizer, abriga um shopping de grifes de luxo na base.
(VINÍCIUS QUEIROZ GALVÃO)


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