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MUNDO PERDIDO
Viajantes precisam ficar de olho nos carimbos da imigração
Travessia para a Venezuela exige cuidado e paciência
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA VENEZUELA
Como a Venezuela tem vasta
reserva petrolífera, a gasolina lá é
muito barata. Em Santa Elena, o
litro do combustível custa R$ 0,07
para os venezuelanos. Mas estrangeiros pagam R$ 0,35 por litro.
No lado brasileiro, a gasolina
custa R$ 2,50. Essa diferença provoca tumulto e filas nos postos venezuelanos, que são fiscalizados
pelo Exército desse país. Carros
brasileiros, velhos e incompletos
(caindo aos pedaços), enfileiram-se para encher seus tanques. Dizem que muitos têm dois tanques
interligados para contrabandear
o produto e revender por R$ 1 o litro nos postos clandestinos ao
longo das estradas, atrás dos arbustos.
Quem sai de Manaus rumo a
Boa Vista paga R$ 70 pela passagem em ônibus semileito. De Boa
Vista para Santa Elena, um táxi
cobra entre R$ 20 e R$ 25.
Na fronteira com a Venezuela,
em Pacaraima, pode-se trocar
moedas com cambistas que ficam
na rua segurando seus maços de
bolívares, moeda venezuelana
(R$ 1 vale 900 bolívares ali).
É preciso levar o passaporte,
que será carimbado nos postos alfandegários dos dois países: no
Brasil, em Pacaraima, e, na Venezuela, em Santa Elena, no posto de
fiscalização. Não se esqueça disso,
pois, sem o carimbo, o viajante
não pode entrar no parque Canaíma. A falta de documentação adequada pode trazer sérios inconvenientes com as autoridades.
Não traga nada do parque, nem
cristais nem plantas. As autoridades costumam fazer vistoria nas
mochilas.
(RAUL INUI)
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