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FIM DE INVERNO EM NY
A partir de SP, há oito voos diários para Nova York, a segunda cidade mais visita por brasileiros nos EUA
Até março, a Big Apple alia charme e liquidações
PEDRO CARRILHO
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
Nova York, metrópole onde
vivem 8,3 milhões de habitantes -40% deles são estrangeiros-, cria e protagoniza, absorve e irradia, e finalmente vence
crise após crise, mantendo a
efervescência.
O prefeito Michael R. Bloomberg estima que a Big Apple receberá, em 2010, 46,7 milhões
de turistas (entre estrangeiros
e norte-americanos) colocando
Nova York no topo da lista de
destinos mais populares dos
Estados Unidos pela primeira
vez em duas décadas.
Para o visitante, qualquer estação do ano costuma ser boa o
bastante para explorar a metrópole -faça sol ou caia neve.
Os que aguentam o frio aproveitam dois períodos em que a
metrópole parece transbordar
mais charme por suas ruas e
avenidas: o outono e o inverno,
que agora está chegando ao fim.
São duas estações tipicamente
nova-iorquinas, cada qual com
seus atrativos.
E é no Central Park, projetado em 1858, que essas estações
se mostram em cada detalhe.
Passado o verão às vezes sufocante, durante o qual o parque
exerce na sua plenitude a função de espaço público, os dias
começam a ficar mais curtos e
os nova-iorquinos se prepararam para o rigoroso inverno.
Antes dele, porém, Nova
York e o parque despedem-se
do calor com temperaturas
amenas e do contraste das cores outonais.
Não tarda e, com o fim do
ano, chega o inverno. Os ventos
sopram gelados, as folhas caem
nas calçadas e nas trilhas, e o
que antes dava brilho às árvores é rapidamente varrido até
se completar o ciclo anual.
Começa aí o período que talvez seja o mais característico da
cidade, que se decora em tons
de vermelho, monta rinques de
patinação e põe de pé imensas
árvores de Natal para as datas
festivas do final de ano.
Esse momento já passou e o
inverno no hemisfério Norte
chegará ao fim em março. Logo
se percebe que os dias claros
são mais traiçoeiros, com sol,
tímido, orbitando baixo, nunca
distante do horizonte. Ele não é
páreo para a fúria dos ventos
que deixam a temperatura negativa por dias -a sensação térmica pode ir a 20 negativos.
É nessa época que os habitantes enfrentam o que para os
visitantes não acostumados é a
difícil arte de manter a elegância sob camadas de roupas.
Para muitos brasileiros -há
oito voos diários partindo de
São Paulo para Nova York-, a
mudança de hemisfério e o radical choque térmico são argumentos para fazer as malas para aproveitar, no final de inverno, outra onda da Big Apple: a
onda de liquidações.
PEDRO CARRILHO viajou a convite do hotel Jumeirah Essex House.
Veja mais fotos de Nova
York em
www.folha.com.br
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