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FIM DE INVERNO EM NY
No contexto invernal, vá até o Central Park Wildlife Center para ver o urso-polar e o leopardo-das-neves
Estenda ida ao Central Park a bairros separados por ele
DO ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
Planejado em 1858 por Calvert Vaux e Frederick Law
Olmsted no que era então o limite norte de Nova York e idealizado desde o início como um
espaço democrático, o Central
Park é um oásis de serenidade
no coração da ilha de Manhattan. Trata-se de um dos maiores parques urbanos do mundo.
É impossível conhecer tudo o
que ele e seus arredores oferecem de uma só vez. Nem mesmo os mais frios dias do inverno que está no fim impedem turistas e moradores de frequentar suas trilhas, bosques e lagos.
Quem mais parece sentir-se
à vontade com os gelados ventos são os habitantes do pequeno zoológico no canto sudeste
do parque, conhecido como
Central Park Wildlife Center
(www.centralparkzoo.com).
Entrar no ambiente tropical
no inverno é garantia de embaçar os óculos. Mas os destaques
do zoológico são mesmo seus
habitantes de zonas climáticas
temperadas e polares, como
pandas-vermelhos, pinguins,
leões-marinhos, ursos-polares
e o leopardo-das-neves.
Não muito longe do zoo fica o
famoso Wollman Rink, um dos
mais tradicionais rinques de
patinação no gelo da cidade, e
que serviu de cenário para inúmeros longas-metragens.
O parque acabou gerando involuntariamente uma enorme
rivalidade entre os dois bairros
que separa. São duas das mais
abastadas regiões da cidade, o
Upper East Side e o Upper
West Side. Eles podem até não
parecer tão diferentes entre si.
Mas, grosso modo, enquanto o
Upper East Side seria o lar de
uma elite mais tradicional,
conservadora e republicana, o
Upper West Side é liberal, artístico e democrata.
Coincidência ou não, é no lado leste do parque que fica o
trecho da Quinta avenida conhecido como Museum Mile
(www.ny.com/museums).
Ali ficam algumas das melhores instituições do mundo,
além de uma grande quantidade de museus menores, mas
não menos interessantes.
Quando o inverno mostra sua
face mais dura, os museus da
"milha" são os refúgios ideais.
O maior de todos, o Metropolitan (www.metmuseum.org) impressiona pelo gigantismo e pela variedade. Sua
coleção tem mais de dois milhões de peças, de templos
egípcios a pinturas impressionistas, passando por armas, fotografias, instrumentos musicais e muito mais.
A algumas ruas ao norte, fica
outro grande da Quinta avenida, o Solomon R. Guggenheim
(www.guggenheim.org), com
obras de artistas dos século 20.
Difícil saber o que impressiona
mais: se sua coleção ou seu design, assinado por Frank Lloyd
Wright (1867-1959).
Uma das poucas opulentas
mansões a resistir ao inexorável avanço do século 20 abriga
outra das maiores coleções da
avenida, a Frick Collection
(www.frick.org).
Há outros excelentes museus na avenida e suas proximidades, como o Cooper-Hewitt
National Design Museum
(www.cooperhewitt.org), o
Whitney Museum of American
Art (www.whitney.org), o
Museu da Cidade de Nova York
(www.mcny.org) e a Neue Galerie (www.neuegalerie.org).
Se o lado leste tem no Metropolitan sua âncora, o oeste orgulha-se de outro gigante, o
Museu de História Natural
(www.amnh.org). Eterno favorito dos mais jovens, o museu atrai multidões para ver as
réplicas dos mais variados animais e ambientes, além de seções sobre culturas dos cinco
continentes e astronomia.
Perto dali, e logo em frente
ao icônico edifício Dakota
-um dos "protagonistas" do
filme "O Bebê de Rosemary" e
local onde John Lennon foi assassinado- fica o ponto mais
visitado do Central Park. Trata-se do Strawberry Fields.
O movimento de fãs e turistas é constante ao longo do ano,
mas nada se compara ao entusiasmo dos admiradores no
aniversário de John Lennon,
quando músicos interpretam
sucessos dos Beatles e da carreira solo do músico.
Convenientemente localizado no canto sudoeste do parque, fica o Time Warner Center, no Columbus Circle
(www.shopsatcolumbuscircle.com), um
centro comercial moderno, ancorado por lojas como a livraria
Borders e restaurantes refinados, como o Porter House.
A essa altura você já deve estar exausto de tanto caminhar.
Que tal então repor as calorias
perdidas se deliciando com os
cookies da Levain Bakery
(www.levainbakery.com)?
Situada próxima à esquina
da rua 74 com avenida Amsterdam, seu enorme biscoito é
considerado por muitos o melhor da cidade, o que está longe
de ser pouca coisa. Não deixa
de ser uma verdadeira obra de
arte.
(PEDRO CARRILHO)
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