São Paulo, quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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FIM DE INVERNO EM NY
No contexto invernal, vá até o Central Park Wildlife Center para ver o urso-polar e o leopardo-das-neves

Estenda ida ao Central Park a bairros separados por ele

DO ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Planejado em 1858 por Calvert Vaux e Frederick Law Olmsted no que era então o limite norte de Nova York e idealizado desde o início como um espaço democrático, o Central Park é um oásis de serenidade no coração da ilha de Manhattan. Trata-se de um dos maiores parques urbanos do mundo.
É impossível conhecer tudo o que ele e seus arredores oferecem de uma só vez. Nem mesmo os mais frios dias do inverno que está no fim impedem turistas e moradores de frequentar suas trilhas, bosques e lagos.
Quem mais parece sentir-se à vontade com os gelados ventos são os habitantes do pequeno zoológico no canto sudeste do parque, conhecido como Central Park Wildlife Center (www.centralparkzoo.com).
Entrar no ambiente tropical no inverno é garantia de embaçar os óculos. Mas os destaques do zoológico são mesmo seus habitantes de zonas climáticas temperadas e polares, como pandas-vermelhos, pinguins, leões-marinhos, ursos-polares e o leopardo-das-neves.
Não muito longe do zoo fica o famoso Wollman Rink, um dos mais tradicionais rinques de patinação no gelo da cidade, e que serviu de cenário para inúmeros longas-metragens.
O parque acabou gerando involuntariamente uma enorme rivalidade entre os dois bairros que separa. São duas das mais abastadas regiões da cidade, o Upper East Side e o Upper West Side. Eles podem até não parecer tão diferentes entre si. Mas, grosso modo, enquanto o Upper East Side seria o lar de uma elite mais tradicional, conservadora e republicana, o Upper West Side é liberal, artístico e democrata.
Coincidência ou não, é no lado leste do parque que fica o trecho da Quinta avenida conhecido como Museum Mile (www.ny.com/museums).
Ali ficam algumas das melhores instituições do mundo, além de uma grande quantidade de museus menores, mas não menos interessantes. Quando o inverno mostra sua face mais dura, os museus da "milha" são os refúgios ideais.
O maior de todos, o Metropolitan (www.metmuseum.org) impressiona pelo gigantismo e pela variedade. Sua coleção tem mais de dois milhões de peças, de templos egípcios a pinturas impressionistas, passando por armas, fotografias, instrumentos musicais e muito mais.
A algumas ruas ao norte, fica outro grande da Quinta avenida, o Solomon R. Guggenheim (www.guggenheim.org), com obras de artistas dos século 20. Difícil saber o que impressiona mais: se sua coleção ou seu design, assinado por Frank Lloyd Wright (1867-1959).
Uma das poucas opulentas mansões a resistir ao inexorável avanço do século 20 abriga outra das maiores coleções da avenida, a Frick Collection (www.frick.org).
Há outros excelentes museus na avenida e suas proximidades, como o Cooper-Hewitt National Design Museum (www.cooperhewitt.org), o Whitney Museum of American Art (www.whitney.org), o Museu da Cidade de Nova York (www.mcny.org) e a Neue Galerie (www.neuegalerie.org).
Se o lado leste tem no Metropolitan sua âncora, o oeste orgulha-se de outro gigante, o Museu de História Natural (www.amnh.org). Eterno favorito dos mais jovens, o museu atrai multidões para ver as réplicas dos mais variados animais e ambientes, além de seções sobre culturas dos cinco continentes e astronomia.
Perto dali, e logo em frente ao icônico edifício Dakota -um dos "protagonistas" do filme "O Bebê de Rosemary" e local onde John Lennon foi assassinado- fica o ponto mais visitado do Central Park. Trata-se do Strawberry Fields.
O movimento de fãs e turistas é constante ao longo do ano, mas nada se compara ao entusiasmo dos admiradores no aniversário de John Lennon, quando músicos interpretam sucessos dos Beatles e da carreira solo do músico.
Convenientemente localizado no canto sudoeste do parque, fica o Time Warner Center, no Columbus Circle (www.shopsatcolumbuscircle.com), um centro comercial moderno, ancorado por lojas como a livraria Borders e restaurantes refinados, como o Porter House.
A essa altura você já deve estar exausto de tanto caminhar. Que tal então repor as calorias perdidas se deliciando com os cookies da Levain Bakery (www.levainbakery.com)?
Situada próxima à esquina da rua 74 com avenida Amsterdam, seu enorme biscoito é considerado por muitos o melhor da cidade, o que está longe de ser pouca coisa. Não deixa de ser uma verdadeira obra de arte. (PEDRO CARRILHO)


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