São Paulo, segunda, 25 de maio de 1998

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Fauna vira agulha no palheiro

A capivara de estimação Coquinha e sua dona, Ana Gabriela Costa, 3 Jacaré na parte norte do Pantanal; há 50 espécies de répteis na região da enviada especial

Se o que você pretende ao embarcar para a região é assistir a um desfile diário da bicharada, esqueça. Lembre-se: o que impera por lá é a lei da selva, do tipo salve-se quem puder.
Isso quer dizer que: a) os animais notam rapidamente quando você, o possível predador, se aproxima; b) eles dão no pé na mesma velocidade.
Saiba também que isso tudo se torna uma verdade mais cruel ainda na época da cheia, que vai de novembro a maio. É quando são mais raras as aparições de jacarés, macacos, onças, tuiuiús etc., escondidos na mata.
Durante a seca, no restante do ano, suas chances de encontrar um exemplar da vida selvagem triplicam, já que, com as águas baixas, os bichos buscam alimento nas baías e margens de rios.
Mas nada disso significa que moradores das grandes cidades não tenham seus momentos de emoção garantidos, seja qual for a época do ano.
Têm. Basta uma capivara ou um macaquinho darem o ar da graça, mesmo que por alguns rápidos minutos, para os turistas emitirem gritinhos de alegria, compreensivelmente.
Afinal, quem não se encanta com as peripécias aéreas de uma família de bugios (espécie de macaco), ou de um casal de tuiuiús que levanta vôo?
Se o máximo que você vê da "natureza" no dia-a-dia é um periquito na gaiola, com certeza vai se divertir.
Aí, vale um conselho: tenha sempre a máquina fotográfica à mão, já que nunca se sabe quando os animais vão aparecer. (CA)



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