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nos alpes
Trens permitem contemplar país de cima de montanhas
TUDO EM UM Swiss Pass, a partir de US$ 194 para quatro dias, vale não só para os trilhos como para ônibus e barcos
DA ENVIADA ESPECIAL À SUÍÇA
Máquinas modernas, bonitas, com serviço de bordo, muita história para contar, muitos
vales, montanhas, túneis e pontes para atravessar. Os trens
suíços, tão precisos na chegada
e na saída quanto os famosos
relógios locais, atravessam o
país de ponta a ponta -nada difícil, já que ele é menor do que o
Estado do Rio de Janeiro.
Uma forma mais econômica
de conhecer a cara Suíça a bordo dos trens é com o Swiss Pass,
bilhete válido por um número
seguido de dias (ou dias alternados) que permite embarcar
em quase todos os trens do
país, além de ônibus e barcos, e
dá descontos em museus, teleféricos e outros transportes.
É recomendável reservar assentos, principalmente nos finais de semana. O passe, que
pode ser comprado em qualquer estação e também no Brasil, fica mais barato para grupos
e é grátis para menores de 16
anos acompanhado dos pais. E
atenção mochileiros: jovens de
até 26 anos têm desconto.
É possível embarcar em um
trem minutos depois de desembarcar nos aeroportos internacionais de Zurique e Genebra, mas as linhas que realmente encantam o turista são
as rotas panorâmicas. O país
tem cinco. Vamos nos concentrar em duas que cruzam os
Cantões de Valais, Grisões e
Uris, no sul e sudeste do país: a
Glacier e a Bernina Express.
O trem Glacier Express, que
parte da badalada estação de
inverno de St. Moritz e chega (e
vice-versa) à vila rural de Zermatt, na base da monumental
Matterhorn, é vendido como o
"mais vagaroso trem expresso
do mundo". A máquina, vermelha como quase tudo na Suíça,
tem janelas panorâmicas, ar-condicionado, loja de suvenires, primeira e segunda classe e
serviço de bordo cinco estrelas
com direito a informações turísticas via fones de ouvido.
Anualmente, transporta cerca
de 250 mil passageiros.
A primeira viagem do Glacier
Express ocorreu no verão de
1930. O trem passa por 91 túneis e 291 pontes em suas sete
horas e meia de viagem a uma
média de 35 km por hora. Detalhe: é proibido fumar a bordo.
A paisagem é de tirar o fôlego: mesmo no verão, os picos
gelados se alternam com os lagos e vales verdes repletos de
casinhas de pedra ou madeira
dos séculos 16 e 17, charmosos
chalés, antigas igrejas e monastérios como o Beneditino de
Disentis, erguido no ano 750 e
completado, com a construção
da igreja, em 1704.
O Glacier, que usa locomotivas elétricas desde 1997, sai de
uma altura de 1.600 metros e
alterna descidas e subidas. O
ponto mais baixo, na estação de
Reichenau, está 604 metros
acima do nível do mar. O mais
alto, a passagem de Oberalpass,
fica a 2.033 metros e só é alcançável graças a um sistema de
rodas dentadas.
Imperdível é contemplar a
passagem da máquina pelo viaduto Landwasser. Com seus
130 metros de comprimento e
65 metros de altura, a ponte
curva sustentada por arcos de
pedra remete às melhores
obras da engenharia mundial.
Após atravessar o viaduto, o
trem entra em um túnel de 216
metros. Em todas as estações
de trem do país, pode-se fazer o
check-in para vôos já agendados e despachar a bagagem.
Bernina
O trem Bernina Express parte de Chur, capital do Cantão de
Grisões e cidade mais antiga da
Suíça, passa por St. Moritz, pelo
desfiladeiro de Bernina, pela vila de Poschiavo e desemboca na
cidade italiana de Tirano, passando pela ferrovia de maior altitude do país. Atravessando os
Alpes de norte a sul (ou vice-versa) desde 1910, o Bernina
Express oferece, além dos trens
panorâmicos, vagões cabriolet
(abertos) no verão.
A paisagem é espetacular.
Enquanto o trem avança pelos
Alpes a uma altura de até 2.253
metros (desfiladeiro de Bernina), é possível contemplar cascatas e geleiras antigas, lagos,
túneis, viadutos de pedra e pequenas vilas rurais.
(ES)
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