São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002

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EUA não esquecem suas guerras

DA ENVIADA ESPECIAL

Ao mesmo tempo em que os EUA não se furtam a entrar numa boa guerra, talvez por dívida ou por remorso, o país faz questão de imortalizar seus soldados em memoriais propícios para o pranto de parentes e amigos das baixas e de veteranos.
Assim aconteceu com os memoriais às guerras do Vietnã e da Coréia, construídos para homenagear os homens e as mulheres que serviram aos conflitos.
A muralha preta do Memorial aos Veteranos do Vietnã (www.nps.gov/vive), com seus 58.209 nomes de norte-americanos mortos e/ou desaparecidos, reflete a imagem de crianças, adultos e velhos entre as letras brancas, como se houvesse uma confraternização entre vivos e mortos.
Trata-se de uma espécie de cemitério da guerra para os parentes das vítimas, que ali muitas vezes colocam oferendas.
O muro foi idealizado por uma então estudante universitária de arquitetura de 21 anos, que ganhou um concurso do qual participaram 1.500 projetos, segundo a guia Anita Henriques.
Os nomes dos soldados estão dispostos na muralha de acordo com as datas das mortes, mas um diretório em papel ao lado do monumento está disponível em ordem alfabética para os visitantes localizarem as vítimas.
Completam o monumento dois conjuntos de estátuas em bronze, uma de três soldados e outra em homenagem às mulheres que auxiliaram os combatentes: uma acode um ferido, outra olha para o céu esperançosa e a terceira tem a cabeça baixa num lamento.
Já o Memorial à Guerra da Coréia (www.nps.gov/kwvm) reconstitui uma situação de campo de batalha, com 19 soldados feitos de pátina e aço correndo em direção à bandeira dos EUA próxima à inscrição "Freedom is not free" (a liberdade não é livre). (MV)


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