|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
EUA não esquecem suas guerras
DA ENVIADA ESPECIAL
Ao mesmo tempo em que os
EUA não se furtam a entrar numa
boa guerra, talvez por dívida ou
por remorso, o país faz questão de
imortalizar seus soldados em memoriais propícios para o pranto
de parentes e amigos das baixas e
de veteranos.
Assim aconteceu com os memoriais às guerras do Vietnã e da
Coréia, construídos para homenagear os homens e as mulheres
que serviram aos conflitos.
A muralha preta do Memorial
aos Veteranos do Vietnã (www.nps.gov/vive), com seus 58.209
nomes de norte-americanos mortos e/ou desaparecidos, reflete a
imagem de crianças, adultos e velhos entre as letras brancas, como
se houvesse uma confraternização entre vivos e mortos.
Trata-se de uma espécie de cemitério da guerra para os parentes das vítimas, que ali muitas vezes colocam oferendas.
O muro foi idealizado por uma
então estudante universitária de
arquitetura de 21 anos, que ganhou um concurso do qual participaram 1.500 projetos, segundo a
guia Anita Henriques.
Os nomes dos soldados estão
dispostos na muralha de acordo
com as datas das mortes, mas um
diretório em papel ao lado do monumento está disponível em ordem alfabética para os visitantes
localizarem as vítimas.
Completam o monumento dois
conjuntos de estátuas em bronze,
uma de três soldados e outra em
homenagem às mulheres que auxiliaram os combatentes: uma
acode um ferido, outra olha para
o céu esperançosa e a terceira tem
a cabeça baixa num lamento.
Já o Memorial à Guerra da Coréia (www.nps.gov/kwvm) reconstitui uma situação de campo
de batalha, com 19 soldados feitos
de pátina e aço correndo em direção à bandeira dos EUA próxima
à inscrição "Freedom is not free"
(a liberdade não é livre).
(MV)
Texto Anterior: Mostra explica Holocausto para crianças Próximo Texto: Alexandria tem ares de interior Índice
|