|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
mercadões
Em NY, mercado africano acessível chama ao Harlem
APAREÇA POR LÁ Linha vermelha do metrô deixa o turista na quadra do comércio, que fica ao norte do Central Park
ADALBERTO LEISTER FILHO
ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK
Dentre os passeios étnicos
possíveis de fazer na cosmopolita Nova York, um dos mais bacanas é ao mercado do Harlem.
O centro comercial de cultura negra fica no tradicional
bairro, ao norte do Central
Park. Ou seja, dá para engatá-lo
após caminhada pela principal
área verde de Manhattan.
Embora o bairro não seja dos
mais seguros -especialmente à
noite-, o lugar é de fácil acesso
pelo metrô, cuja linha vermelha já deixa o turista quase na
quadra do centro comercial.
O mercado leva o nome de
Malcolm Shabazz, em homenagem ao líder negro Malcolm X,
assassinado no Harlem em
1965, que adotou o nome El-Hajj Malik Al-Shabazz ao se
converter ao islamismo.
Quem gosta de experimentar
o sabor local sentirá falta de lugares para comer. Procurei por
todo o canto. Não existe.
Por outro lado, com um pouco de sorte, dá para curtir boas
improvisações musicais em
troca de simples gorjetas. Não
há horário para os músicos aparecerem. Sinta-se um privilegiado se conseguir acompanhar
uma dessas apresentações.
Artesanato é o que não falta
nas lojinhas bagunçadas e atulhadas de produtos. Se as lojas
de Times Square praticam muitas vezes preços abusivos nas
lembrancinhas, dá para economizar boas doletas em suvenires no mercado do Harlem.
Há desde imagens de santos
entalhadas em madeira e máscaras de vários tamanhos a trabalhos em tapeçaria e couro.
As lojas também possuem
farta variedade de camisetas
com estampas dos principais
pontos turísticos da cidade. Dá
para comprá-las, dependendo
do tipo, por preços entre US$ 4
e US$ 7. Uma pechincha.
O difícil é encontrar o tamanho "brasileiro". A maior parte
das mercadorias é para o consumidor norte-americano, com
tamanhos grande, extra-grande, extra-extra-grande e, acredite!, extra-extra-extra-grande.
Os vendedores são para lá de
simpáticos. É só se aproximar
da loja ou mostrar interesse por
um produto que logo puxam
conversa, querem saber de onde o turista veio e oferecem novas mercadorias. É impossível
sair sem carregar sacolas.
Entre os comerciantes, há
gente de todos os cantos da
África. Este repórter encontrou
naturais de Guiné, da Nigéria,
da África do Sul, da Costa do
Marfim e de Gana.
Contudo, não leve máquina
fotográfica. Além do perigo de
assalto nas cercanias, a direção
do mercado não gosta de fotos.
Ao flagrar a reportagem da
Folha portando uma, um dos
responsáveis educadamente
disse que era preciso pedir autorização e que o turista poderia tirar no máximo três fotos.
HARLEM MARKET -
52 West e 116th Street; diariamente, das 10h às 19h
Texto Anterior: Valência revive como Barcelona-92 Próximo Texto: Guias sugerem ida a locais que não existem Índice
|