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POLICROMIA AFRO
Montanha da Mesa é equivalente ao Pão de Açúcar; o bilhete custa 50 rands e um bondinho leva ao topo
Cidade do Cabo é versão oriental do Rio
DA ENVIADA ESPECIAL À ÁFRICA DO SUL
Se não faltam comparações entre a Cidade do Cabo e o Rio de Janeiro, logo de cara é possível identificar o passeio à montanha da
Mesa (Table Montain) como um
equivalente ao carioca Pão de
Açúcar na África do Sul.
Ali é um bom lugar para começar a visita pela península onde
navegadores como Vasco da Gama (1469-1524) contornavam o
continente para chegar à Índia.
Passeios por mercados (como o
Greenmarket), locais históricos
(castelo da Boa Esperança, por
exemplo) e vinícolas (leia na pág.
F7) são outras atrações da Cidade
do Cabo, que foi fundada pelo holandês Jan van Riebeeck em 1652.
Na montanha da Mesa, compre
seu bilhete (para adultos, 50
rands) e encare a fila de turistas.
Nem adianta correr para pegar
o melhor lugar na janelinha. Surpreendendo os que sobem a montanha pela primeira vez, o bondinho dá uma volta completa durante a subida e a descida.
Os fotógrafos têm que ser rápidos; por isso vale esquecer as fotos
um pouco para apreciar a vista.
Quem tem tempo e fôlego pode
pegar uma das trilhas para escalar
a montanha. As caminhadas, no
entanto, não são permitidas em
dias nebulosos e com ventania
-aliás, nem o teleférico leva os
visitantes ao topo da montanha
em dias de neblina. Há ainda local
para os turistas praticarem esportes radicais como o rapel.
A mais de mil metros de altura,
no topo da Mesa, o visual é a Cidade do Cabo (bem pequena lá embaixo), cercada por recortadas
baías. A montanha da Mesa, citada em versos do português Fernando Pessoa, é, na verdade, uma
cadeia de formações rochosas. No
topo, admira-se o platô, que foi
sendo esculpido principalmente
pela ação dos ventos e das chuvas.
Montes e picos
Outras montanhas famosas cercam a Cidade do Cabo. O pico da
Lion's Head (cabeça de leão) fica
isolado a oeste da cidade e atinge
669 metros de altura.
No leste, levanta-se o Devil's
Peak (monte do diabo). O monte
Doze Apóstolos também chama a
atenção dos visitantes -procure
um bom lugar para tirar uma foto
da região luxuosa da Riviera, entre as encostas escarpadas e o
Atlântico.
No final da tarde, já que as águas
que banham a cidade são geladas,
desaconselhadas para banho, a
parada obrigatória é no Victoria
& Alfred Waterfront.
O cais que leva o nome da realeza inglesa é indicado para quem
quer fazer compras e agradável
para curtir a chegada da noite,
com luzinhas e barquinhos, num
dos bares ou restaurantes.
De lá, saem passeios para a ilha
de Robben (www.robben-island.org.za), que serviu de presídio para ativistas políticos como Nelson
Mandela durante o apartheid.
Hoje a ilha é uma área protegida, e
a prisão virou um museu.
(GABRIELA ROMEU)
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