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1 ANO DEPOIS
Influência maia dá tempero exótico a badulaques e afins
Réplicas, tratamento de spa e shows valorizam a civilização indígena que habitou a região há 3.000 anos
DA ENVIADA ESPECIAL A CANCÚN
Não importa se relaxa em um
spa, confere a programação noturna da cidade ou passeia por
vitrines de lojas de artesanato:
rapidamente o visitante de
Cancún percebe que está no
berço da cultura maia no México. Réplicas mais ou menos refinadas de deuses que eram cultuados por esse povo são vendidas em quase todas as lojas de
suvenires. Massagens e tratamentos de beleza com ervas supostamente usadas por curandeiros indígenas são oferecidos
nos spas de luxo. Shows simulando cerimônias e jogos antigos lotam as arquibancadas de
turistas. O próprio nome da cidade tem origem maia: vem das
palavras "kan kun", que significam "ninho de serpentes".
Mas, para conhecer verdadeiramente os vestígios dessa
civilização que viveu na região
há mais de 3.000 anos, vale a
pena sair um pouco do complexo de hotéis e ir até as ruínas arqueológicas dos arredores, como Chichén-Itzá e Tulum -as
que existem na própria Cancún, como El Rey, El Meco e
Pok ta Pok, são pequenas e pouco atraentes.
Tulum é o conjunto de ruínas
mais próximo, a 131 km. Antiga
fortaleza habitada por cerca de
600 pessoas, servia para supervisionar o tráfico de mercadorias entre Honduras e Yucatán
e sobreviveu por cerca de 70
anos após a conquista do México pelos espanhóis.
Por ser do século 10, época
em que a civilização maia já havia começado a declinar, tem
construções consideradas um
pouco mais grosseiras e menos
grandiosas do que as de Chichén-Itzá. A visita guiada às
principais atrações dura, no
mínimo, uma hora e meia. É comum que os turistas aproveitem o passeio para conhecer,
no mesmo dia, o parque de Xel-Há ou a praia perto das ruínas.
Chichén-Itzá fica um pouco
mais longe, a 188 km de Cancún, mas é considerada um dos
locais mais reveladores dos
costumes maias. O tempo mínimo da visita guiada é de duas
horas, mas o local é tão grande
que se recomenda gastar um
dia inteiro na visita. Entre as
principais atrações estão a pirâmide de Kukulkán ou El Castillo, um gigantesco calendário
de pedra de 26 m de altura, a
Quadra Principal, onde se praticava um esporte chamado
"juego de la pelota" (jogo de bola), e o cenote sagrado, poço natural onde eram jogados corpos
humanos como sacrifício.
(FLÁVIA MANTOVANI)
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