São Paulo, quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

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Conheça os lugares imaginários e reais dos personagens das HQs

Nos quadrinhos, passeie por Veneza com Corto Maltese, ou por África e América com Tintim

A Metrópolis, de Super-Homem, costuma ser comparada à NY, mas seria uma fusão de Toronto com Cleveland

"Asterix e os Louros de César" (1970), ed. Cedibra/Reprodução
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No introito de toda a série Asterix, os autores Goscinny e Uderzo explicam que nem toda a Gália foi ocupada pelos romanos e que uma aldeia de faz de conta, povoada por "irredutíveis gauleses", resistiu ao invasor


IVAN FINOTTI
DE SÃO PAULO

"Estamos no ano 50 antes de Cristo. Toda a Gália foi ocupada pelos romanos... Toda? Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor."
Desde 1961, milhares de leitores se acostumaram a viajar com esse prólogo inesquecível, que abre os álbuns de Asterix, e apresentam o pequeno lugarejo encravado na península da Armórica.
Com seu ferreiro, seu vendedor de peixe, a casa do chefe e a do druida Panoramix, um rio povoado e peixes e o mar à vista, a aldeia gaulesa sem nome é um grande exemplo de destino turístico imaginário, mas nem por isso pouco desejado.
Afinal, quem já leu já sonhou em se sentar na mesa ao ar livre enquanto javalis são assados na fogueira e o bardo Chatotorix jaz amordaçado ao pé de uma árvore (tanto é que a aldeia ganhou sua versão parque temático na França em 1989).
As cidades nas histórias em quadrinhos, entretanto, nem sempre são produtos totalmente fictícios. O marinheiro italiano Corto Maltese caminha por Veneza, convive com personalidades na Rússia e sofre sob o sol inclemente da Bahia. Assim como o jornalista belga Tintim, que roda o mundo repleto de referências reais em suas aventuras pela África ou América.

PEDRA SOBRE PEDRA
Mas é nesse último continente, a América, que foram construídas as cidades mais famosas dos quadrinhos.
É onde ficam Metrópolis e Gotham City. Desde os anos 1930, Super-Homem e Batman as defendem bravamente contra as garras do mal.
A primeira é constantemente comparada à luminosa Nova York e, a segunda, à soturna Chicago. Só que nada disso é preto no branco.
Metrópolis, disse o criador, teria sido inspirada numa fusão de Toronto com Cleveland, cidades onde nasceu e cresceu, enquanto a segunda, essa sim, foi pensada como sendo Nova York.


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