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O PAÍS E O POETA
Distâncias curtas facilitam o transporte
Nem só de esfiha vive a rica culinária libanesa; o "mezze", um conjunto de pratinhos, é escolha certeira
DO ENVIADO ESPECIAL AO LÍBANO
Locomover-se no Líbano é
relativamente simples. Além da
possibilidade de alugar um carro -opção comum entre estrangeiros porque a maioria
das placas vem escrita em árabe
e em alfabeto latino-, táxis e
vans viajam dentro das localidades e entre as cidades.
Como as distâncias de uma
cidade para outra são bastante
curtas -em geral, não levam
mais de uma hora e meia, o que
permite que se almoce em Biblos e se jante em Beirute, por
exemplo-, o transporte não
chega a representar um peso
excessivo nos gastos, a não ser
quando o motorista aguarda o
visitante no local por várias horas para levá-lo a outro destino.
O transporte público ainda é
pouco utilizado. Uma opção
mais barata e usual entre os libaneses são as vans e os táxis
compartilhados, conhecidos
pelo nome de "servis".
Muitos dos carros que realizam esse transporte coletivo
são Mercedes, reminiscência
de tempos de prosperidade
econômica.
Esses táxis podem ser parados na rua para questionar o itinerário ou o candidato a passageiro pode anunciar o destino
pretendido na rua.
Caso o táxi esteja indo naquela direção, o motorista vai
parar para acolher os passageiros -normalmente, um carro
leva, no máximo, cinco pessoas.
Idioma
Cada vez mais o idioma deixa
de ser uma barreira para os turistas que gostariam de visitar o
Líbano, mas adiavam os planos
por medo de não conseguirem
se fazer entender.
A facilidade na comunicação
com a população local costuma
surpreender os estrangeiros,
seja por causa da hospitalidade,
que inclui um esforço para fazer-se entender e para compreender o interlocutor, seja
pelas facilidades do bilingüismo e multilingüismo.
Parte significativa da população fala, além do árabe, o francês. E o inglês vem adquirindo
cada vez mais um papel preponderante, especialmente no
que diz respeito aos negócios.
Culinária
O Líbano é conhecido pela
culinária farta e refinada. Além
de pratos conhecidos no Brasil,
como o quibe, a esfiha, o tabule
e as pastas de berinjela e de
grão-de-bico, há muitas outras
opções de alimentação.
Uma escolha certeira é pedir
"mezze", conjunto de diversos
pratinhos -que podem chegar
a 40 alternativas- servidos em
porções variadas acompanhadas de pão, algumas vezes
quente e preparado na hora, em
forno especial ou na pedra.
Além dos acima citados, pratos com trigo, azeitona, coalhada seca, folha de uva (recheada
com arroz e especiarias e servida fria), conservas, espinafre e
fattuche (salada com pedacinhos de pão tostado à parte para triturar e misturar ao prato)
complementam o cardápio.
Para ressaltar o sabor, é comum utilizar azeite de oliva,
simples ou condimentado, limão e temperos variados, incluindo sementes como zaatar
-que pode vir em pó ou no pão.
Para acompanhar, além de
suco de romã, uva, maçã ou laranja, pode-se beber "araq", bebida alcoólica feita de anis que
se mistura à água.
Isso tudo, além de cerveja,
uísque e vinho, este último produzido desde a época dos fenícios (e, segundo a Bíblia, foi em
Caná, no território que atualmente forma o Líbano, que
Cristo realizou seu primeiro
milagre, a transformação de
água em vinho).
Atualmente, o vinho libanês
vem ampliando o número de
admiradores. Entre as marcas
conhecidas, estão Chateau
Ksara, Chateau Kefraya e Domaine Wardy.
Ao final da refeição, são servidos doces como baklawa e
atayef, ou frutas como pêssego,
damasco, maçã, pêra e laranja,
entre outras. Depois é hora do
café ou do chá.
(PDF)
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