São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 2008

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O PAÍS E O POETA

Distâncias curtas facilitam o transporte

Nem só de esfiha vive a rica culinária libanesa; o "mezze", um conjunto de pratinhos, é escolha certeira

DO ENVIADO ESPECIAL AO LÍBANO

Locomover-se no Líbano é relativamente simples. Além da possibilidade de alugar um carro -opção comum entre estrangeiros porque a maioria das placas vem escrita em árabe e em alfabeto latino-, táxis e vans viajam dentro das localidades e entre as cidades.
Como as distâncias de uma cidade para outra são bastante curtas -em geral, não levam mais de uma hora e meia, o que permite que se almoce em Biblos e se jante em Beirute, por exemplo-, o transporte não chega a representar um peso excessivo nos gastos, a não ser quando o motorista aguarda o visitante no local por várias horas para levá-lo a outro destino.
O transporte público ainda é pouco utilizado. Uma opção mais barata e usual entre os libaneses são as vans e os táxis compartilhados, conhecidos pelo nome de "servis".
Muitos dos carros que realizam esse transporte coletivo são Mercedes, reminiscência de tempos de prosperidade econômica.
Esses táxis podem ser parados na rua para questionar o itinerário ou o candidato a passageiro pode anunciar o destino pretendido na rua.
Caso o táxi esteja indo naquela direção, o motorista vai parar para acolher os passageiros -normalmente, um carro leva, no máximo, cinco pessoas.

Idioma
Cada vez mais o idioma deixa de ser uma barreira para os turistas que gostariam de visitar o Líbano, mas adiavam os planos por medo de não conseguirem se fazer entender.
A facilidade na comunicação com a população local costuma surpreender os estrangeiros, seja por causa da hospitalidade, que inclui um esforço para fazer-se entender e para compreender o interlocutor, seja pelas facilidades do bilingüismo e multilingüismo.
Parte significativa da população fala, além do árabe, o francês. E o inglês vem adquirindo cada vez mais um papel preponderante, especialmente no que diz respeito aos negócios.

Culinária
O Líbano é conhecido pela culinária farta e refinada. Além de pratos conhecidos no Brasil, como o quibe, a esfiha, o tabule e as pastas de berinjela e de grão-de-bico, há muitas outras opções de alimentação.
Uma escolha certeira é pedir "mezze", conjunto de diversos pratinhos -que podem chegar a 40 alternativas- servidos em porções variadas acompanhadas de pão, algumas vezes quente e preparado na hora, em forno especial ou na pedra.
Além dos acima citados, pratos com trigo, azeitona, coalhada seca, folha de uva (recheada com arroz e especiarias e servida fria), conservas, espinafre e fattuche (salada com pedacinhos de pão tostado à parte para triturar e misturar ao prato) complementam o cardápio.
Para ressaltar o sabor, é comum utilizar azeite de oliva, simples ou condimentado, limão e temperos variados, incluindo sementes como zaatar -que pode vir em pó ou no pão.
Para acompanhar, além de suco de romã, uva, maçã ou laranja, pode-se beber "araq", bebida alcoólica feita de anis que se mistura à água.
Isso tudo, além de cerveja, uísque e vinho, este último produzido desde a época dos fenícios (e, segundo a Bíblia, foi em Caná, no território que atualmente forma o Líbano, que Cristo realizou seu primeiro milagre, a transformação de água em vinho).
Atualmente, o vinho libanês vem ampliando o número de admiradores. Entre as marcas conhecidas, estão Chateau Ksara, Chateau Kefraya e Domaine Wardy.
Ao final da refeição, são servidos doces como baklawa e atayef, ou frutas como pêssego, damasco, maçã, pêra e laranja, entre outras. Depois é hora do café ou do chá. (PDF)


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