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ESPANHA
Dona do museu Thyssen Bornemisza é contra derrubada de bosque
Baronesa quer se atar a árvore para frear reforma
DA FRANCE PRESSE
A baronesa Carmen Thyssen,
dona do museu Thyssen Bornemisza (www.museothyssen.org),
que reúne uma das coleções de arte mais importantes do mundo,
herdada de seu marido, já morto,
o barão Hans Heinrich von
Thyssen Bornemisza, ameaçou se
amarrar a uma das centenárias árvores do Paseo del Prado -praça
em Madri onde fica o museu de
mesmo nome-, que deverão ser
retiradas dali devido a um projeto
de reforma proposto pelo prefeito
da capital espanhola, Alberto
Ruiz-Gallardón.
O projeto, que reformará o Paseo del Prado, atualmente repleto
de árvores, muitas plantadas no
fim do século 18 diante do museu
Thyssen, prevê a remoção de cerca de 700 árvores para aumentar o
espaço destinado à circulação de
pedestres e melhorar o trânsito de
carros.
"Querem fazer uma autopista e,
para isso, cortarão um jardim
único", se queixou a baronesa
Thyssen ao jornal espanhol "El
País". "Buscarei outros amantes
da natureza como eu. Nós vamos
nos amarrar a cada árvore para
impedir que acabem com elas.
Todo mundo sabe que é impossível transplantar árvores desse tamanho e que a maioria morrerá",
disse a baronesa ao jornal.
A maior parte da coleção de arte
do barão Thyssen, impressionante repertório de arte ocidental,
que cobre desde os primeiros flamencos e italianos do século 13 às
vanguardas do século 20, foi vendida em 1993 à Espanha por US$
350 milhões.
Desde 1992, essa coleção está exposta no palácio Villahermosa, a
poucos metros do museu do Prado e do centro de arte Reina Sofia.
Desde 2004, o museu Thyssen
Bornemisza também abriga a coleção particular da baronesa
Thyssen que conta com cerca de
200 obras.
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