São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 2006

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ESPANHA

Dona do museu Thyssen Bornemisza é contra derrubada de bosque

Baronesa quer se atar a árvore para frear reforma

DA FRANCE PRESSE

A baronesa Carmen Thyssen, dona do museu Thyssen Bornemisza (www.museothyssen.org), que reúne uma das coleções de arte mais importantes do mundo, herdada de seu marido, já morto, o barão Hans Heinrich von Thyssen Bornemisza, ameaçou se amarrar a uma das centenárias árvores do Paseo del Prado -praça em Madri onde fica o museu de mesmo nome-, que deverão ser retiradas dali devido a um projeto de reforma proposto pelo prefeito da capital espanhola, Alberto Ruiz-Gallardón.
O projeto, que reformará o Paseo del Prado, atualmente repleto de árvores, muitas plantadas no fim do século 18 diante do museu Thyssen, prevê a remoção de cerca de 700 árvores para aumentar o espaço destinado à circulação de pedestres e melhorar o trânsito de carros.
"Querem fazer uma autopista e, para isso, cortarão um jardim único", se queixou a baronesa Thyssen ao jornal espanhol "El País". "Buscarei outros amantes da natureza como eu. Nós vamos nos amarrar a cada árvore para impedir que acabem com elas. Todo mundo sabe que é impossível transplantar árvores desse tamanho e que a maioria morrerá", disse a baronesa ao jornal.
A maior parte da coleção de arte do barão Thyssen, impressionante repertório de arte ocidental, que cobre desde os primeiros flamencos e italianos do século 13 às vanguardas do século 20, foi vendida em 1993 à Espanha por US$ 350 milhões.
Desde 1992, essa coleção está exposta no palácio Villahermosa, a poucos metros do museu do Prado e do centro de arte Reina Sofia.
Desde 2004, o museu Thyssen Bornemisza também abriga a coleção particular da baronesa Thyssen que conta com cerca de 200 obras.


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