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ARCA DE NOÉ
Parque é organizado e bem cuidado, mas a falta de mapas faz que o turista tenha de andar em círculos
No zôo de São Paulo, visitante se perde vendo a bicharada
JULIANA DORETTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Ver o gorducho hipopótamo
dormir (e em pé!); se assustar
com o imenso jacaré, que de tão
imóvel parece nem respirar; rir
das piruetas dos pingüins de Magalhães. Visitar o Zoológico de
São Paulo é um passeio familiar e
tranqüilo: há desfiles de carrinhos
de bebê, avôs com netos no colo,
piqueniques, poses para fotos...
Após passar por um período
turbulento em 2004, quando 73
animais morreram envenenados
entre janeiro e março (até hoje,
ninguém foi preso), o zoológico
está a pleno vapor. Seu passeios
noturnos, que ocorrem todas as
sextas-feiras do mês, estão lotados até julho. São tours guiados,
com início por volta das 19h, que
mostram bichos que não costumam dar as caras com a luz do sol.
Durante o dia, sobretudo em
fins de semana e feriados, o zôo fica cheio, e os visitantes admiram
os mais de 3.200 animais que vivem ali. O casal de leões toma banho de sol com as pernas para cima; o jacaré faz cara feia; os simpáticos ursos de óculos (em risco
de extinção) se esparramam na
grama; os flamingos esticam o
pescoço; e o solitário elefante anda de um lado para o outro. Ao todo, são 824. 529 m2 de área verde.
Quem quiser pode esticar o passeio no Zôo Safari, em que os animais vivem soltos, sem jaulas. Há
uma interligação entre o zoológico e esse parque -o ingresso custa R$ 8, e os tours podem ser feitos
das 10h30 às 16h. Lá o visitante vê
a bicharada pelas janelas de vans,
que circulam por uma trilha de
mata atlântica.
Andando em círculos
O zoológico é organizado e limpo, e cada bicho tem sua ficha
(com nome, habitat, peso) estampada no espaço em que vive. Mas
há correções a serem feitas. Faltam painéis com o mapa do lugar
ou então placas indicando possíveis roteiros. Há mapas pequenos
à venda, por R$ 1, mas, no dia da
visita da Folha, eles já tinham acabado e não havia previsão de recebimento da nova remessa. O resultado é que os visitantes por vezes se perdem, andando em círculos, sem noção do que já foi ou do
que falta ser visto.
Outro detalhe: os painéis que
informam o nome dos animais
que vivem juntos no lago poderiam ter os bichos desenhados.
Afinal, como saber qual é o jaburu
e qual o ganso-da-gâmbia?
Zoológico de São Paulo - Av. Miguel Stéfano, 4.241, Água Funda. Tel.: 0/xx/11/5073-0811. Funciona de terça a domingo e feriados, das 9 às 17h. Ingressos:
adultos e crianças acima de 12 anos, R$
10; de sete a 12 anos, R$ 2; maiores de 60
anos, grátis. Passeio noturno: R$ 60;
crianças de cinco a dez anos, R$ 40;
www.zoologico.sp.gov.br.
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