São Paulo, quinta-feira, 27 de abril de 2006

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ARCA DE NOÉ

Parque é organizado e bem cuidado, mas a falta de mapas faz que o turista tenha de andar em círculos

No zôo de São Paulo, visitante se perde vendo a bicharada

JULIANA DORETTO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Ver o gorducho hipopótamo dormir (e em pé!); se assustar com o imenso jacaré, que de tão imóvel parece nem respirar; rir das piruetas dos pingüins de Magalhães. Visitar o Zoológico de São Paulo é um passeio familiar e tranqüilo: há desfiles de carrinhos de bebê, avôs com netos no colo, piqueniques, poses para fotos...
Após passar por um período turbulento em 2004, quando 73 animais morreram envenenados entre janeiro e março (até hoje, ninguém foi preso), o zoológico está a pleno vapor. Seu passeios noturnos, que ocorrem todas as sextas-feiras do mês, estão lotados até julho. São tours guiados, com início por volta das 19h, que mostram bichos que não costumam dar as caras com a luz do sol.
Durante o dia, sobretudo em fins de semana e feriados, o zôo fica cheio, e os visitantes admiram os mais de 3.200 animais que vivem ali. O casal de leões toma banho de sol com as pernas para cima; o jacaré faz cara feia; os simpáticos ursos de óculos (em risco de extinção) se esparramam na grama; os flamingos esticam o pescoço; e o solitário elefante anda de um lado para o outro. Ao todo, são 824. 529 m2 de área verde.
Quem quiser pode esticar o passeio no Zôo Safari, em que os animais vivem soltos, sem jaulas. Há uma interligação entre o zoológico e esse parque -o ingresso custa R$ 8, e os tours podem ser feitos das 10h30 às 16h. Lá o visitante vê a bicharada pelas janelas de vans, que circulam por uma trilha de mata atlântica.

Andando em círculos
O zoológico é organizado e limpo, e cada bicho tem sua ficha (com nome, habitat, peso) estampada no espaço em que vive. Mas há correções a serem feitas. Faltam painéis com o mapa do lugar ou então placas indicando possíveis roteiros. Há mapas pequenos à venda, por R$ 1, mas, no dia da visita da Folha, eles já tinham acabado e não havia previsão de recebimento da nova remessa. O resultado é que os visitantes por vezes se perdem, andando em círculos, sem noção do que já foi ou do que falta ser visto.
Outro detalhe: os painéis que informam o nome dos animais que vivem juntos no lago poderiam ter os bichos desenhados. Afinal, como saber qual é o jaburu e qual o ganso-da-gâmbia?


Zoológico de São Paulo - Av. Miguel Stéfano, 4.241, Água Funda. Tel.: 0/xx/11/5073-0811. Funciona de terça a domingo e feriados, das 9 às 17h. Ingressos: adultos e crianças acima de 12 anos, R$ 10; de sete a 12 anos, R$ 2; maiores de 60 anos, grátis. Passeio noturno: R$ 60; crianças de cinco a dez anos, R$ 40; www.zoologico.sp.gov.br.

Texto Anterior: Animais merecem ser vistos frente a frente
Próximo Texto: Espanha: Baronesa quer se atar a árvore para frear reforma
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.