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Biografia foi
toda marcada
por exageros
DO ENVIADO ESPECIAL
A incontável penca de
mulheres de Casanova
ofuscou o resto dos seus
feitos, mas outros campos
da sua vida também foram
extraordinários. Além de
casanova, Casanova foi religioso, violinista, soldado,
bibliotecário, tradutor, espião, filósofo e alquimista.
Filho de artistas nascido
em Veneza, ele conheceu
Berlim, Paris, Praga, Londres, Madri, Moscou, Viena e outros destinos europeus em uma época (viveu
de 1725 a 1789) em que
cruzar o continente não
era nada corriqueiro.
Conheceu muitas personalidades daquele tempo: o rei francês Luís 15
(1710-1774), o rei da Prússia Frederico, o Grande
(1712-1786), a czarina russa Catarina, a Grande
(1729-1796), os papas Benedito 14 (1675-1758) e
Clemente 13 (1693-1769) e
os pensadores Voltaire
(1694-1778) e Rousseau
(1712-1778), entre outras.
Também incomum foi a
quantidade de páginas que
manuscreveu para a sua
autobiografia, "A História
da Minha Vida": 3.600, e
quando morreu ainda não
havia terminado. Para tornar a leitura viável, a editora Penguin fez a peneira
das peneiras e chegou a
uma versão com 532 páginas, ainda não traduzida
para o português.
A autobiografia descreve bem a atmosfera da Veneza do século 18. Mas, para quem seguir cenários
descritos, não é o livro
ideal: primeiro porque Casanova muitas vezes não
especifica os lugares por
onde passa, e depois porque viveu muitos anos distante da sua cidade.
(TM)
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