São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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RUMO A 2006

No sul da Alemanha, combinação de cerveja e castelos distrairá turistas nos intervalos entre partidas de futebol

Munique já dá as boas-vindas a boleiros

GABRIELA ROMEU
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ALEMANHA

Os alemães marcaram gol ao escolher Munique, a capital da cerveja, como porta de entrada para a Copa do Mundo de 2006. É lá, no sul da Alemanha, que fãs de futebol de todo o planeta assistirão à primeira disputa de bola no Stadion München, no dia 9 de junho.
Mas não é só a combinação entre futebol e cerveja que faz de Munique um destino atraente durante o maior evento futebolístico do mundo. Munique, capital da Baviera, o maior Estado alemão, é um paraíso para as compras, tem castelos de contos de fadas e está próxima à paisagem dos Alpes.
E a empolgação do povo alemão com a Copa do Mundo já é percebida antes mesmo de chegar à cidade, cujo nome tem origem nos monges (mönche) de tempos remotos. Na estrada entre o aeroporto e o centro de Munique, uma cúpula acrílica futurista chama a atenção dos motoristas.
Construído especialmente para a Copa do Mundo, ali está o estádio que abrigará seis das 64 partidas de futebol. De longe foi o mais caro erguido na Alemanha para o evento -custou 280 milhões.
À noite, o estádio para 66 mil torcedores vira um caleidoscópio cujas cores se alteram conforme os times que lá estão jogando.
Quem não conseguir garantir a entrada no estádio, no entanto, tem ainda a opção de assistir aos jogos no Parque Olímpico (Olympiapark), construído para a Olimpíada de 1972. Ali será o centro das torcidas de todo o mundo, que acompanharão os jogos em telões de tamanhos superlativos e poderão se esbaldar nas barracas de cerveja, batata e salsicha.
Entre um jogo e outro, não faltarão atrações pelas diversas praças (ou platz), pinacotecas e boas opções de compra pela cidade.
Quer passear por Munique? Um bom ponto de partida é a Marienplatz, praça central da capital da Baviera.
Lá está a prefeitura, que, assim como diversos outros prédios de Munique, foi reerguida após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Fique atento: às 11h, 12h, 17h e 21h, os sinos do prédio em estilo neogótico soam, acompanhados por cavaleiros mecânicos que encenam um torneio.
Nos arredores da Marienplatz, lojas e barracas de suvenires já anunciam, ainda que timidamente, que o evento futebolístico está por vir. Aqui e ali são vendidos chaveiros, camisetas, canetas e outras quinquilharias com a estampa de Goleo VI, o simpático leãozinho que é mascote da Copa da Alemanha. Goleo VI (o nome vem do encorajamento "Go, Leo, go!") está sempre acompanhado de Pille, uma bola falante.
Os leões, aliás, invadiram Munique em outubro. Assim como as vacas da "CowParade" de São Paulo, dezenas de leões de cartola, com cores psicodélicas, carimbados com caras famosas, estão em vários pontos da cidade alemã. Diante das estátuas, os turistas não deixam de tirar uma foto.
Se bater uma fome depois de andar para lá e para cá, uma dica é visitar a tradicional delicatessen Alois Dallmayr (www.dallmayr.de), perto da Marienplatz. A loja tem farta oferta de iguarias alemãs: pães, chocolates, bolos, geléias, molhos, salsichas e queijos.
E, se a estada na cidade não for tão breve, vale visitar um palácio digno dos contos de fadas dos Grimm, os irmãos alemães. Não muito distante do centro da cidade está o Schloss Nymphenburg, palácio que servia de residência de verão dos reis bávaros.
O castelo, erguido no século 17, tem extensa fachada e diversos aposentos abertos à visitação. Em um deles, está a Galeria das Belezas, com retratos das mais belas da época do rei Ludovico 1º. Depois de conhecer os labirintos reais, dá para se perder nos jardins simetricamente planejados.


Gabriela Romeu viajou a convite da companhia aérea Lufthansa

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