São Paulo, quinta-feira, 27 de outubro de 2005

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RUMO A 2006

Inventado no mesmo ano nos EUA e na Alemanha, brinquedo seduz crianças e adultos em museu de Munique

Urso de pelúcia tem cidadania dividida

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NA ALEMANHA

A história do ursinho de pelúcia remonta ao século 20. Batizados de "teddy bears", em inglês, eles ficaram famosos após o episódio em que o presidente americano Theodore Roosevelt (1858-1919) se recusou a matar um filhote de urso em uma caçada, em 1902.
A bondade do presidente foi divulgada na imprensa e, no mesmo ano, um fabricante de brinquedos chamado Morris Michtom começou a produzir ursinhos de pelúcia, que rapidamente ganharam popularidade.
E o que essa história tem a ver com a Alemanha? Nada, na verdade. Mas o fato é que no mesmo ano, do outro lado do Atlântico, Richard Steiff, um estudante de desenho alemão, fez um protótipo de ursinho de pelúcia para sua tia, Margarete, que recebeu muitas encomendas do brinquedo.
O ursinho de pelúcia ficou famoso nos EUA e na Alemanha e, em pouco tempo, passou a ser um brinquedo tradicional da infância em muitos países devido à explosão de fabricação de "teddy bears" no início do século 20.
Em Munique, na torre da antiga prefeitura, na Marienplatz, está o Museu do Brinquedo (Spielzeugmuseum), onde há ursinhos de pelúcia de todos os tipos: miniaturas, cor-de-rosa, de pijamas, vestido com roupa de palhaço, de enfermeiro e até de noiva.
Mas o museu não é só feito da história desse brinquedo. Fortes apaches, bonecas e locomotivas também integram o acervo. Algumas peças são curiosas: miniaturas de 1926, período entre guerras, mostram homenzinhos de Marte segurando pistolas.
O que atrapalha o visitante é o fato de diversas informações não estarem traduzidas para o inglês ou o espanhol. Quem não arranha nenhuma palavra em alemão fica sem entender muita coisa.

Levar para casa
Se a opção for comprar ursinhos de pelúcia, a loja Teddy-Paradies (www.teddyparadies.de), em Frankfurt, tem 1.400 modelos originários de diversos cantos do mundo. O dono do estabelecimento, o alemão Volker Bredhauer, arrisca umas palavras em português por já ter passado um tempo no Brasil.
"Todo europeu tem uma relação especial com os ursinhos, pois a maioria ganhou um quando criança. Apesar de termos vários "teddy bears" para crianças e bebês, a maioria da nossa clientela é colecionadora", diz Bredhauer.
Na loja, há desde ursinhos como suvenires de 10 a 20 até peças feitas por artistas renomados.
Um deles é Aunty Doreen, feito por Heather D'Llyel, artista da Nova Zelândia. A ursa Aunty Doreen, uma vovó que usa casaco, chapéu com penas de pássaros da Nova Zelândia e bolsinha cheia de apetrechos, custa 1.460. A Teddy-Paradies fica na rua Römerberg, 11. (GABRIELA ROMEU)


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