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CORRA, TURISTA, CORRA
Comprar um par no destino pode provocar desconforto na prova, cuja organização tira as fotos
Velho tênis deve voar na bagagem de mão
DA REPORTAGEM LOCAL
"Sempre que viajo levo meu tênis na mala para dar uma corrida.
Trata-se de um esporte que não
precisa de quadra, bola nem de
outras pessoas. Basta a sua vontade", comenta o empresário
Edoardo Magli ao justificar a escolha da corrida como prática esportiva, acrescentando que já jogou golfe, tênis e pólo.
O tênis macio, já adaptado ao pé
do atleta, talvez seja a única coisa
que ele não pode esquecer quando viaja para uma maratona. Para
não correr risco de extravios, esses sapatos devem voar na bagagem de mão. E não adianta o corredor pensar em comprar um par
novo no destino porque ele pode
lhe trazer bolhas e desconforto.
Também vale a pena incluir na
mala uma camiseta velha com alguma referência ao Brasil, que poderá ser trocada com um atleta de
outra nacionalidade, lembra Andrea Carvalho, responsável pelo
marketing de produtos da Chamonix. Ela explica que a prática é
comum nas festas de integração
realizada na véspera da maioria
das grandes provas.
Um moletom antigo para jogar
fora após a largada, quando o corpo já estiver quente, é a recomendação de Marcelo Coltro, diretor
da XTravel. "É superbonito ver
vários moletons voando para os
ares em algumas provas", diz,
acrescentando que depois um caminhão recolhe tudo.
Ele ainda sugere que o maratonista inclua na sua bagagem boné,
protetor solar, vaselina, para evitar assaduras principalmente no
braço e na virilha, e uma pochete
para colocar uma barra de cereal
e/ou uma bolacha.
Com a máquina fotográfica o
corredor nem sempre precisa se
preocupar, pois as próprias organizações das provas se incumbem
de lhe vender algumas poses,
num esquema em que normalmente os participantes escolhem
as imagens pela internet e depois
as recebem pelo correio.
Coltro afirma que costuma
acompanhar pessoalmente os
grupos que compram os pacotes
da empresa e sempre leva a mala
cheia de capas de chuva para
aquecer o corpo do atleta se precisar e barras de cereais, cujo consumo entre maratonistas é muito
comum durante as provas. "Faz
parte do meu trabalho diminuir
ao máximo o estresse da pessoa."
Os pacotes das operadoras para
as provas do hemisfério Norte
costumam programar a chegada
do atleta para quinta ou sexta-feira quando a maratona acontece
no domingo, para que o corredor
tenha tempo de se adaptar ao fuso
horário e possa descansar um
pouco (veja preços ao lado).
Nem sempre eles abrangem seguro de saúde, embora seja aconselhável, porque o serviço já está
incluído em vários cartões de crédito internacionais hoje em dia.
(MARISTELA DO VALLE)
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