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São Paulo, segunda-feira, 28 de julho de 2003

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Cortejo toma as ruas a cada quatro anos

DA ENVIADA ESPECIAL

Às margens do Tejo, a região do Ribatejo produz vinhos desde o século 1º. As uvas típicas da região são as brancas arinto e Fernão Pires e a tinta trincadeira preta. Há também alicante, bastardo, tinta miúda e moreto. Mas, além da bebida, outro produto nobre entra na pauta de exportação da região: os cavalos de raça.
Em Tomar, uma das cidades com maior vocação turística do Ribatejo, não há data marcada para tomar vinho, mas, sim, para participar de uma das maiores celebrações da região. Trata-se da festa dos Tabuleiros, que acontece no mês de julho, a cada quatro anos. Como este foi ano de festa, a próxima será em 2007.
As ruas da cidade são decoradas e há um prêmio para a que estiver mais bonita. A festa, que dura três dias, foi criada pela rainha Isabel.
No cortejo, ponto alto da festa que cai sempre aos domingos, mulheres carregam uma estrutura de vime com 30 pães espetados, que deve ter a mesma altura de sua condutora. Originalmente, a função da comemoração, além de louvar ao Espírito Santo, era repartir a comida com os mais pobres. Por isso, depois do cortejo há uma grande comilança.
A estrutura que as mulheres carregam na cabeça é adornada de flores de papel e pesa, em média, 22 quilos. Ao redor das moças, há sempre homens prontos para estender-lhes a mão, caso uma delas perca o equilíbrio.
Outras cidades no Ribatejo sugerem visitas. Amantes de cavalos não podem deixar de ir a Benavente e Coruche, ambas tradicionais pela criação de equinos. Já Cartaxo, Golegã e Santarém ostentam construções góticas.
Ainda, em Torres Novas, perto de Tomar, há um sítio de ruínas romanas. (HL)


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