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Cortejo toma as ruas a cada quatro anos
DA ENVIADA ESPECIAL
Às margens do Tejo, a região do
Ribatejo produz vinhos desde o
século 1º. As uvas típicas da região
são as brancas arinto e Fernão Pires e a tinta trincadeira preta. Há
também alicante, bastardo, tinta
miúda e moreto. Mas, além da bebida, outro produto nobre entra
na pauta de exportação da região:
os cavalos de raça.
Em Tomar, uma das cidades
com maior vocação turística do
Ribatejo, não há data marcada para tomar vinho, mas, sim, para
participar de uma das maiores celebrações da região. Trata-se da
festa dos Tabuleiros, que acontece
no mês de julho, a cada quatro
anos. Como este foi ano de festa, a
próxima será em 2007.
As ruas da cidade são decoradas
e há um prêmio para a que estiver
mais bonita. A festa, que dura três
dias, foi criada pela rainha Isabel.
No cortejo, ponto alto da festa
que cai sempre aos domingos,
mulheres carregam uma estrutura de vime com 30 pães espetados,
que deve ter a mesma altura de
sua condutora. Originalmente, a
função da comemoração, além de
louvar ao Espírito Santo, era repartir a comida com os mais pobres. Por isso, depois do cortejo
há uma grande comilança.
A estrutura que as mulheres
carregam na cabeça é adornada
de flores de papel e pesa, em média, 22 quilos. Ao redor das moças, há sempre homens prontos
para estender-lhes a mão, caso
uma delas perca o equilíbrio.
Outras cidades no Ribatejo sugerem visitas. Amantes de cavalos
não podem deixar de ir a Benavente e Coruche, ambas tradicionais pela criação de equinos. Já
Cartaxo, Golegã e Santarém ostentam construções góticas.
Ainda, em Torres Novas, perto
de Tomar, há um sítio de ruínas
romanas.
(HL)
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