São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2008

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Por si só, a beleza da paisagem impulsiona subida até o topo

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO

Não é necessário enxergar divindades no monte para ter vontade de subi-lo. A beleza da vista e o desejo de conhecer o famoso ponto mais alto do Japão já são motivos suficientes.
O engenheiro indiano Vaira Manikandan, 28, que trabalha no país desde janeiro deste ano, quis fazer o trajeto depois de ver "imagens fascinantes" em vídeos no YouTube.
"Ouvi falar muito sobre a expedição e achei que seria uma grande experiência!", conta, afirmando que ficou surpreso com o tamanho da cratera e com a beleza do nascer do sol.
Para a japonesa Ayumi Isoyama, 21, o apelo de lugar sagrado é algo do passado: "Nós [referindo-se também a dois amigos] pensamos: "simplesmente é a montanha mais alta do Japão. Então, vamos lá escalar'".
Para alguns, o monte se torna passeio familiar. Na primeira vez que foi ao Fuji, a adolescente Mao Takami, 14, estava em uma excursão escolar. Na segunda vez, na semana passada, foi com a família, por um motivo bem peculiar: ver os "manzais", comediantes japoneses ao estilo do britânico Mr. Bean, que se apresentaram no sexto estágio do Fuji.
A estudante de matemática Naoko Negami, 21, que nasceu em Shizuoka, na cidade de Fuji - de onde se avista o monte-, diz que também já o visitou com a família quando cursava o colegial, mas que jamais subiu ao topo. Diz que seu pai já escalou o Fuji três vezes.
Há ainda os que resolvem viver a aventura por motivos inusitados. É o caso terapeuta ocupacional japonês Suzuki Kei, 29, que levou livros do chefe até a beira da cratera para elevá-los até o ponto mais alto de seu país. (MAURÍCIO KANNO)


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