|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Por si só, a beleza da paisagem impulsiona subida até o topo
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, NO JAPÃO
Não é necessário enxergar divindades no monte para ter
vontade de subi-lo. A beleza da
vista e o desejo de conhecer o
famoso ponto mais alto do Japão já são motivos suficientes.
O engenheiro indiano Vaira
Manikandan, 28, que trabalha
no país desde janeiro deste ano,
quis fazer o trajeto depois de
ver "imagens fascinantes" em
vídeos no YouTube.
"Ouvi falar muito sobre a expedição e achei que seria uma
grande experiência!", conta,
afirmando que ficou surpreso
com o tamanho da cratera e
com a beleza do nascer do sol.
Para a japonesa Ayumi Isoyama, 21, o apelo de lugar sagrado é algo do passado: "Nós [referindo-se também a dois amigos] pensamos: "simplesmente
é a montanha mais alta do Japão. Então, vamos lá escalar'".
Para alguns, o monte se torna
passeio familiar. Na primeira
vez que foi ao Fuji, a adolescente Mao Takami, 14, estava em
uma excursão escolar. Na segunda vez, na semana passada,
foi com a família, por um motivo bem peculiar: ver os "manzais", comediantes japoneses
ao estilo do britânico Mr. Bean,
que se apresentaram no sexto
estágio do Fuji.
A estudante de matemática
Naoko Negami, 21, que nasceu
em Shizuoka, na cidade de Fuji
- de onde se avista o monte-,
diz que também já o visitou
com a família quando cursava o
colegial, mas que jamais subiu
ao topo. Diz que seu pai já escalou o Fuji três vezes.
Há ainda os que resolvem viver a aventura por motivos inusitados. É o caso terapeuta ocupacional japonês Suzuki Kei,
29, que levou livros do chefe até
a beira da cratera para elevá-los
até o ponto mais alto de seu
país.
(MAURÍCIO KANNO)
Texto Anterior: Escalada no verão revela outra face do monte Fuji Próximo Texto: Bastão de madeira marcado a ferro vira registro da viagem Índice
|