Culinária é regada a peixe; para beber, refrigerante de erva-mate; influência boliviana surge na saltenha

DO ENVIADO ESPECIAL A CORUMBÁ (MS)

Apesar da enorme quantidade de jacarés que se vê no Pantanal, a carne desse animal não faz parte da culinária local. É mais fácil achar essa iguaria em São Paulo do que em Corumbá.
A caça de jacaré é proibida por lei na região, e os criadouros legais desse tipo de carne encontram-se principalmente no norte pantaneiro. A típica cozinha local lança mão da enorme quantidade de peixe à disposição no rio Paraguai, principalmente o pacu, o pintado e a piranha.
O pintado a urucum, ao contrário do que o nome sugere, não leva urucum no tempero. Recebe o nome porque, segundo os restaurantes locais, foi inventado por um cozinheiro que trabalhava em uma mineradora de ferro localizada na serra do Urucum, perto de Corumbá.
O peixe é feito à dorê, com creme de leite, leite de coco, molho de tomate e, por cima, é gratinado com queijo. Outra opção convidativa é o peixe grelhado ao molho de tangerina ou de maracujá, servido com um risoto de arroz ao molho branco.
Para lanchar, vale experimentar a saltenha. É um salgado feito à base de farinha de trigo e recheado com batata, frango, ervilha, uva passa e ovo. A receita boliviana parece uma mistura da empanada chilena com o empadão goiano. Custa apenas R$ 2 na Saltenharia do Nandinho.
Para beber, experimente o Mate Chimarrão Libra, um refrigerante de erva-mate e de cor verde, fabricado exclusivamente na região. Custa R$ 1.
Para os mais tradicionais, o tereré é uma versão veraneia do chimarrão gaúcho, servido com água gelada. Ele é bebido na guampa, um chifre de boi cortado ao meio e que serve como copo. (LEONARDO WEN)

RESTAURANTE ANTONELLOS
rua Frei Mariano, 837, horário de funcionamento: de terça a domingo, a partir das 18h


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