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Crianças são atropeladas no mar
DA REPORTAGEM LOCAL
Num domingo de sol, dia 17 de
março deste ano, os irmãos Lucas
Silveira Tagliari Hoffman, 4, e
Mariah, 5, brincavam com os pais
e a amiguinha Daiane da Cruz, 9,
num trapiche da Costa da Lagoa,
em Florianópolis (SP), quando de
repente um jet-ski desgovernado,
sem passageiros, os atropelou,
provocando a morte de Lucas e
ferindo gravemente Daiane.
Segundo relato do pai de Lucas,
Roberto Tagliari Hoffman, a área
do jet-ski ficava a mais de um quilômetro do trapiche onde as
crianças brincavam e por isso a família, que já estava acostumada a
frequentar o local, se divertia despreocupadamente.
Ele e a mulher levaram Lucas
imediatamente para o hospital,
mas o menino morreu cerca de 30
horas após o acidente, de traumatismo craniano. Mariah teve escoriações leves, ficando apenas uma
noite em observação, e Daiane
perdeu todos os dentes, pois teve
o maxilar atingido, e terá de fazer
várias cirurgias de correção.
De acordo com o comandante
Brandão, da Capitania dos Portos
de Florianópolis, o jet-ski foi
apreendido na ocasião por não
conter registro, e a condutora,
Cristiane Machado, não tinha habilitação para dirigi-lo.
Ela e o marido, Claudio Moreira, caíram do jet-ski, que seguiu
sozinho por não ter a trava de segurança que breca o veículo
quando o condutor cai na água.
Embora apenas os jet-skis mais
modernos tenham esse dispositivo, segundo o comandante Brandão, ele é obrigatório. "Agora o
jet-ski vai a leilão porque o casal
não veio buscá-lo", diz Brandão.
De acordo com ele, o casal responde a um inquérito administrativo no Tribunal Marítimo e a
um processo criminal aberto pela
delegacia de Polícia Civil.
Na época do acidente, o casal se
apresentou à polícia e disse ter fugido do local por medo de linchamento, segundo reportagem publicada em 31 de março na "Folha
Online".
(MV)
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