São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2010

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Com tempo bom, a melhor maneira de curtir Atenas é a pé

Caminhar é o jeito mais simpático de explorar a capital grega, onde táxis param para pegar outros passageiros

Para decifrar segredos da metrópole, não deixe de visitar o Pártenon, o museu Arqueológico e o boêmio bairro de Pláka

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

Habitadas há 7.000 anos, as colinas de Atenas têm como ponto alto a Acrópole, elevação calcária que se debruça sobre a cidade e é encimada pelo Pártenon, templo dedicado à deusa Atena.
Refeito há 2.500 anos, depois que Péricles exortou os atenienses a iniciarem um programa de obras em Atenas, esse edifício da Antiguidade Clássica é contemporâneo ao acontecimento que inspirou a histórica corrida da maratona.
Prova de atletismo hoje realizada também em diversas outras metrópoles do mundo por atletas profissionais e amadores, a modalidade (www.athensclassicmarathon.gre) volta à capital da Grécia neste domingo.

CUIDADOS ESPECIAIS
Metrópole algo caótica onde vivem 800 mil habitantes, Atenas é pontilhada de monumentos e foi sede da primeira Olimpíada da Idade Moderna, em 1896, quando o barão e pacifista francês Pierre de Coubertin, convencido de que o esporte poderia substituir as guerras, reeditou ali os Jogos Olímpicos.
Duas Guerras Mundiais se passaram no século 20, as Olimpíadas foram até interrompidas nesse meio tempo, mas a capital da Grécia ainda voltou a hospedar a 28ª edição dos jogos, em 2004.
Hoje, dona de um trânsito que não ajuda, Atenas é ideal para ser esquadrinhada a pé, mesmo que você não seja um autêntico maratonista.
As atrações turísticas são até que bem próximas umas das outras, mas língua também não facilita a vida dos viajantes estrangeiros.
Não é fácil pegar um táxi pelas imediações do centro, onde os motoristas param a todo momento para carregar outros passageiros que encontra pelo caminho.
Assim, se o clima permitir nesse outono europeu, o ideal é conhecer a cidade palmilhando o boêmio bairro histórico de Pláka, onde há lojas, tavernas e restaurantes e, até, igrejas bizantinas.

MUSEU
Outra parada que vale a visita, o museu Arqueológico Nacional -erigido em 1891, ampliado em 1939, fechado durante a Segunda Guerra e reaberto em 1946- guarda relíquias e esculturas da Grécia Antiga, além de uma pinacoteca eclética.
Aos pés da Acrópole, são frequentes as encenações do teatro de Herodes Ático, especialmente concorridas durante os meses de verão no hemisfério Norte.
Quem sobe à Acrópole logo descobre porque o Pártenon, monumental, se impõe como um dos monumentos mais reconhecidos e visitados em todo o mundo.
Nos primórdios, sua construção teve início em 447 a.C., durou nove anos -e seu estilo é creditado ao escultor Fídias, que deu ao templo formas dóricas.
Maltratado pela história, esse templo guardou nas paredes externas as marcas de uma Grécia que sofreu com os abusos da guerra e com ocupações estrangeiras.
Retirados, os frisos do frontão jazem no Museu Britânico desde que, de 1801 a 1803, foram comprados e enviados a Londres pelo lorde Elgin, então embaixador do Reino Unido num país dominado pelos turcos otomanos.
Em 1867, transformado num paiol pelos venezianos, o Pártenon explodiu. Mas agora, talvez excessivamente restaurado para os Jogos Olímpicos de 2004, o Pártenon permanece como um símbolo de civilização.


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