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Com tempo bom, a melhor maneira de curtir Atenas é a pé
Caminhar é o jeito mais simpático de explorar a capital grega, onde táxis param para pegar outros passageiros
Para decifrar segredos da metrópole, não deixe de visitar o Pártenon, o museu Arqueológico e o boêmio bairro de Pláka
SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO
Habitadas há 7.000 anos,
as colinas de Atenas têm como ponto alto a Acrópole,
elevação calcária que se debruça sobre a cidade e é encimada pelo Pártenon, templo
dedicado à deusa Atena.
Refeito há 2.500 anos, depois que Péricles exortou os
atenienses a iniciarem um
programa de obras em Atenas, esse edifício da Antiguidade Clássica é contemporâneo ao acontecimento que
inspirou a histórica corrida
da maratona.
Prova de atletismo hoje
realizada também em diversas outras metrópoles do
mundo por atletas profissionais e amadores, a modalidade (www.athensclassicmarathon.gre) volta à capital
da Grécia neste domingo.
CUIDADOS ESPECIAIS
Metrópole algo caótica onde vivem 800 mil habitantes,
Atenas é pontilhada de monumentos e foi sede da primeira Olimpíada da Idade
Moderna, em 1896, quando o
barão e pacifista francês Pierre de Coubertin, convencido
de que o esporte poderia
substituir as guerras, reeditou ali os Jogos Olímpicos.
Duas Guerras Mundiais se
passaram no século 20, as
Olimpíadas foram até interrompidas nesse meio tempo,
mas a capital da Grécia ainda
voltou a hospedar a 28ª edição dos jogos, em 2004.
Hoje, dona de um trânsito
que não ajuda, Atenas é ideal
para ser esquadrinhada a pé,
mesmo que você não seja um
autêntico maratonista.
As atrações turísticas são
até que bem próximas umas
das outras, mas língua também não facilita a vida dos
viajantes estrangeiros.
Não é fácil pegar um táxi
pelas imediações do centro,
onde os motoristas param a
todo momento para carregar
outros passageiros que encontra pelo caminho.
Assim, se o clima permitir
nesse outono europeu, o
ideal é conhecer a cidade palmilhando o boêmio bairro
histórico de Pláka, onde há
lojas, tavernas e restaurantes
e, até, igrejas bizantinas.
MUSEU
Outra parada que vale a visita, o museu Arqueológico
Nacional -erigido em 1891,
ampliado em 1939, fechado
durante a Segunda Guerra e
reaberto em 1946- guarda
relíquias e esculturas da Grécia Antiga, além de uma pinacoteca eclética.
Aos pés da Acrópole, são
frequentes as encenações do
teatro de Herodes Ático, especialmente concorridas durante os meses de verão no
hemisfério Norte.
Quem sobe à Acrópole logo descobre porque o Pártenon, monumental, se impõe
como um dos monumentos
mais reconhecidos e visitados em todo o mundo.
Nos primórdios, sua construção teve início em 447
a.C., durou nove anos -e seu
estilo é creditado ao escultor
Fídias, que deu ao templo
formas dóricas.
Maltratado pela história,
esse templo guardou nas paredes externas as marcas de
uma Grécia que sofreu com
os abusos da guerra e com
ocupações estrangeiras.
Retirados, os frisos do
frontão jazem no Museu Britânico desde que, de 1801 a
1803, foram comprados e enviados a Londres pelo lorde
Elgin, então embaixador do
Reino Unido num país dominado pelos turcos otomanos.
Em 1867, transformado
num paiol pelos venezianos,
o Pártenon explodiu. Mas
agora, talvez excessivamente
restaurado para os Jogos
Olímpicos de 2004, o Pártenon permanece como um
símbolo de civilização.
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