São Paulo, quinta-feira, 29 de março de 2007

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VULCÃO DE CORES

Vinte e uma etnias maias exibe m seus costumes

Os garífunas preservam dois idiomas: um para homens e outro para mulheres

DA ENVIADA ESPECIAL À GUATEMALA

Quando se fala nos maias, parece que o assunto é sobre um povo que sumiu da face da Terra há muito e muito tempo. Uma passagem rápida pela Guatemala acaba com qualquer impressão desse tipo.
E tem mais: essa gente muito pequena, de pele escura e olhos grandes, não usa vestes coloridas cheias de lindas figuras confeccionadas à mão só para chamar a atenção de turistas. O que existe ali é um povo orgulhoso de sua cultura.
Claro que não há como ignorar o fato de que no período pós-hispânico a maioria das 21 etnias que existem hoje na Guatemala incorporou parte da cultura ocidental. Exemplo disso é que a maior parte da população é formada por católicos. Mas a "nova" crença não impede que os maias tenham suas próprias interpretações sobre a religião. Além disso, os dialetos estão lá. Cada etnia tem -e fala- o seu, e cada grupo usa roupas de cores específicas.
As mulheres ainda carregam os bebês em panos que habilmente transformam em um acessório para, literalmente, pendurá-los nas costas.
Por sua vez, os homens preparam uma espécie de canga sobre a calça. Se preciso, ela ganha um formato de cesta para carregar frutas e utensílios.
Os garífunas, grupo indígena com 6.500 integrantes que vivem no povoado de Lívingston -onde é possível chegar de barco a partir do município de Puerto Barrios-, levam uma vida muito peculiar. Para se ter uma idéia da cultura local, por ali existem duas palavras para designar cada objeto: uma para ele e outra para ela. Sim, por ali, de fato, homens e mulheres falam línguas diferentes.
(PRISCILA PASTRE-ROSSI)


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