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Malba recebe primeira mostra de Warhol no país

DA ENVIADA ESPECIAL A BUENOS AIRES

Reserve -pelo menos- um dia para visitar artistas como Diego Rivera, Tarsila do Amaral, Cicero Dias, Di Cavalcanti, Portinari, Frida Kahlo, Lygia Clark, Helio Oiticica e Nelson Leiner em dois endereços obrigatórios em uma viagem a Buenos Aires: o Malba (www.malba.org.ar) e a Coleção Amalia Lacroze de Fortabat (www.coleccionfortabat.org.ar).

Malba
Além da coleção permanente, com mais de 200 obras -entre pinturas, esculturas, gravuras, fotografias e objetos de artistas latino-americanos-, quem for ao Malba até 22 de fevereiro do ano que vem poderá visitar a exposição "Andy Warhol, Mr. America", a primeira exposição de Warhol (1928-1987) em terras argentinas. Entre as peças mais famosas em exposição estão os celébres retratos de Marilyn, Jackie Kennedy e Mao e a divertida série de Sopas Campbell.

Fortabat
Já na coleção Fortabat, que completou um ano neste mês, o visitante se depara com 230 peças de Amalia, importante empresária e colecionadora de arte da Argentina. Entre as obras mais marcantes, destacam-se "A Defunta Correa" (1971-1976), de Antonio Berni (1905-1981); um pop e colorido retrato da própria Amalia (1980), assinado por ninguém menos que pelo americano Andy Warhol (1928-1987); e o trabalho interessantíssimo do argentino Xul Solar (1887-1963), influenciado pela astrologia e pelo esoterismo.
Nessa mistura de nacionalidades e estilos que toma conta da coleção, o visitante se depara ainda com máscaras egípcias e vasos gregos que datam de antes de Cristo, e com um mosaico bizantino do século 5º. O prédio em que fica a Colección de Arte Amalia Lacroze de Fortabat, feito em aço e vidro para privilegiar a vista para Puerto Madero, tem quatro andares, e foi projetado pelo uruguaio radicado em Nova York Rafael Viñoly.

Museo Evita
"Há quem goste e há que não goste dela. Mas é impossível ignorá-la." A visita da reportagem ao Museo Evita começou com essa observação do guia. Ele tem razão. Por isso, estando em Palermo não deixe de dar uma parada nessa bela casa, construída no começo do século 20, que funciona como museu há sete anos, quando abriu as portas em homenagem ao 50º aniversário da morte de Eva Perón (1919-1952).
As instalações são boas. E há peças curiosas, como vestidos usados por ela, já como primeira-dama, em viagem à Europa. Agendando com antecedência por e-mail (contacto@museoevita.org ) ou telefone, é possível marcar visitas guiadas, também em português. (PRISCILA PASTRE-ROSSI)