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"UK RULES OK"
Trajeto até Richmond é "imersão verde"
Roteiro inclui ida ao Kew Gardens, que abriga mais de 30 mil espécies de plantas e estufas grandiosas
DA ENVIADA ESPECIAL A LONDRES
Virginia Woolf foi obrigada a
passar vários períodos longe de
Londres, seja por conta dos
bombardeios da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), seja
por seus períodos de crises psiquiátricas - na época, os médicos receitavam longos retiros
no interior, creditando parte da
sua doença ao agito da cidade.
Entre as casas em que Virgínia Woolf viveu fora da cidade,
as mais acessíveis a partir da
capital são as que ficam em
Richmond, cidade na grande
Londres fartamente servida
pelo transporte público: é possível chegar até lá de metrô,
trem, barca, metrô de superfície e ônibus.
Richmond, na época de
Woolf um subúrbio da capital
inglesa, hoje conserva sua aura
de quietude, oferecendo ruas
calmas que se prestam a caminhadas, especialmente pelas
calçadas à beira do Tâmisa, e
uma boa variedade de restaurantes, além do maior dos parques reais, com 960 hectares.
Leonard e Virginia Woolf
ocuparam dois endereços na cidade. De 16 de outubro de 1914
a 25 de março de 1915, viveram
no número 17 da rua The
Green, em Richmond Hill. A
outra casa é a chamada Hogarth House, na Paradise road,
próxima à estação do metrô.
Uma placa azul avisa que o
casal viveu ali de 1915 a 1925 e
fundou no local a lendária Hogarth Press, que publicou, além
dos trabalhos de Woof, autores
como Katherine Mansfield, T.
S. Eliot e E. M. Forster, além de
ser a primeira a lançar as obras
de Sigmund Freud em inglês.
Das janelas do lado de trás da
casa, Woolf podia avistar um de
seus locais preferidos para caminhadas, o Jardim Botânico
Real, ou simplesmente Kew
Gardens, como é conhecido, local que deu nome a um conto da
autora ambientado no magnífico parque.
O Kew Gardens (www.kew.org; ingresso: 13, R$ 41,96)
abriga mais de 30 mil espécies
de plantas, recebendo o título
de mais extensa coleção botânica do mundo.
O local comemora seus 250
anos em 2009 e preparou uma
série de atrações diferenciadas,
como tours temáticos, exibições inéditas e a possibilidade
de conhecer locais normalmente fechados ao público.
Não é difícil entender o apreço de Woolf por Kew Gardens.
Ter um jardim como esse perto
de casa é um privilégio. Além
das diversas flores, plantas e
árvores -todas devidamente
identificadas em placas prateadas-, o Kew Gardens abriga
estufas magníficas, onde vivem
plantas de vários locais do
mundo.
A Temperate House é a
maior estufa do parque e, hoje
em dia, a maior estrutura de vidro da época vitoriana ainda
em pé. Suas alas foram construídas em datas diferentes, e
se encaixam como peças de
quebra-cabeça.
Dentro, as plantas comuns e
exóticas -qual é o quê fica por
conta da nacionalidade do visitante. É possivel subir para
uma parte mais alta que rodeia
a estrutura pelo lado de dentro,
como camarotes de teatro. A
vista é realmente privilegiada.
Já a Palm House, estufa também grandiosa, de linhas mais
arredondadas, é um dos locais
mais conhecidos do parque e
abriga espécies tropicais, que
são mantidas em temperaturas
condizentes e clima úmido.
O jardim de rosas atrás da
Palm House foi renovado para
os 250 anos de Kew Gardens.
(MARINA DELLA VALLE)
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