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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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Suíngue do jazz é o canal em Amsterdã

DO ENVIADO ESPECIAL

Quando perguntaram recentemente a Bill Frisell, um dos principais guitarristas de jazz da atualidade, em que lugar do mundo levaria alguém que quisesse escutar excelente música, ele não titubeou: Bimhuis, em Amsterdã. É o que mostra a edição de aniversário da "New Yorker", de fevereiro.
O músico norte-americano não está sozinho. O Bim, como é chamado o clube criado em 1974, é um dos xodós do jazz europeu.
Quer ter uma idéia da programação da casa? No fim de semana o show foi do quarteto de Branford Marsalis, saxofonista americano da elite do gênero. Jazzistas holandeses pouco conhecidos, mas de excelente nível, como o jovem virtuose Eric Vloeimans ou a divertida e bonitona Saskia Laroo, ambos trompetistas, completaram a programação.
O trompete jazzístico, por sinal, tem uma marca permanente em Amsterdã. Uma nota triste. Foi em uma calçada em frente à estação de trens local que se espatifou, em 1988, Chet Baker, que caiu/se jogou/foi jogado (até hoje ninguém sabe) da janela do segundo andar de um hotel. Uma placa de bronze marca o local da morte do trompetista e cantor americano.
Mais do que túmulo do jazz, porém, Amsterdã é um dos melhores pontos do mundo para escutar o gênero. Além do Bimhuis e seu palco cercado por um "u" de espectadores, fazem bonito clubes com o Alto Jazz Café ou o Bourbon Street, ambos nas redondezas do bairro dos museus.
Em todos eles, as melodias do gênero de Miles Davis podem ser bem consumidas ao lado de canecões de Westmalle Trappist Tripel, cerveja belga encorpada, como o melhor jazz. (CEM)

Bimhuis - www.bimhuis.nl

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