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São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 2003

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Infinitos de Escher ganham lar para sempre

DO ENVIADO ESPECIAL

Nenhum artista mergulhou tão fundo no infinito quanto Mauritius Cornelius Escher. E seu caso de amor com o infindável agora encontrou um lar definitivo.
Antigo palácio da rainha holandesa Emma, um charmoso casarão no centro de Haia foi transformado, no fim do ano passado, no Escher in Het Paleis (www.escherinhetpaleis.nl), ou, se preferir, Museu Escher.
São quatro andares com todas as obras importantes do artista nascido em 1898 e morto em 1972.
Subindo e descendo pelas escadarias estreitas, o visitante se sente, ele mesmo, personagem do célebre desenho "Ascending and Descending", no qual Escher cria uma escada sem começo nem fim. Quem sobe e quem desce?
A ilusão de ótica se esparrama museu adentro, em quase todas as salas de paredes vermelhas e tapete azulão. "Quase", pois estão à mostra também criações iniciais, menos conhecidas, do artista.
Junto a desenhos raros, como uma interessante representação colorida da mesquita de Córdoba (e a arte geométrica árabe claramente foi uma de suas matrizes), estão fotografias dos álbuns pessoais do artista, objetos e diários.
É de um de seus caderninhos, aliás, que vem a divisão espacial do museu. As salas foram criadas de acordo com uma separação que o próprio artista fez de sua carreira em dez etapas, com frases suas ilustrando as paredes de cada uma delas.
Ao final do tour pelo universo desconcertante de Escher, o visitante ainda tem à disposição um Playcenter escheriano, com jogos que ajudam a entender as ilusões que ele criou. (CEM)

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