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Infinitos de Escher ganham lar para sempre
DO ENVIADO ESPECIAL
Nenhum artista mergulhou tão
fundo no infinito quanto Mauritius Cornelius Escher. E seu caso
de amor com o infindável agora
encontrou um lar definitivo.
Antigo palácio da rainha holandesa Emma, um charmoso casarão no centro de Haia foi transformado, no fim do ano passado, no
Escher in Het Paleis (www.escherinhetpaleis.nl), ou, se preferir, Museu Escher.
São quatro andares com todas
as obras importantes do artista
nascido em 1898 e morto em 1972.
Subindo e descendo pelas escadarias estreitas, o visitante se sente, ele mesmo, personagem do célebre desenho "Ascending and
Descending", no qual Escher cria
uma escada sem começo nem
fim. Quem sobe e quem desce?
A ilusão de ótica se esparrama
museu adentro, em quase todas
as salas de paredes vermelhas e tapete azulão. "Quase", pois estão à
mostra também criações iniciais,
menos conhecidas, do artista.
Junto a desenhos raros, como
uma interessante representação
colorida da mesquita de Córdoba
(e a arte geométrica árabe claramente foi uma de suas matrizes),
estão fotografias dos álbuns pessoais do artista, objetos e diários.
É de um de seus caderninhos,
aliás, que vem a divisão espacial
do museu. As salas foram criadas
de acordo com uma separação
que o próprio artista fez de sua
carreira em dez etapas, com frases
suas ilustrando as paredes de cada
uma delas.
Ao final do tour pelo universo
desconcertante de Escher, o visitante ainda tem à disposição um
Playcenter escheriano, com jogos
que ajudam a entender as ilusões
que ele criou. (CEM)
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