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MANTIQUEIRA EM AÇÃO
Praticantes de rafting e caminhada escolhem distrito mineiro também nos meses quentes do ano
Aventura entra no menu de Monte Verde
CÁSSIO AOQUI
ENVIADO ESPECIAL A MONTE VERDE (MG)
Quando você pensa em Monte
Verde, o que vem primeiro à cabeça: frio, fondue e lareira ou sol
escaldante, rafting e banhos de cachoeira? Certamente, para a
maioria, a primeira resposta é a
que consta do gabarito.
A pequena vila encravada nas
montanhas da serra da Mantiqueira, no entanto, começa a despertar também a atenção de
quem não é favorável às ruas
cheias de pessoas, às filas de espera ou ainda aos preços nada convidativos, típicos inconvenientes
de Monte Verde no inverno.
Atrações não faltam para quem
quer desbravar a região nos meses
quentes, pois o distrito é um prato
cheio para amantes de esportes de
aventura, como caminhadas, travessias, escaladas, rafting e rapel.
O "batizado" dos aventureiros
começa, literalmente, pelo "caminho das pedras": são as trilhas para a pedra Redonda, para a pedra
Partida e para o Chapéu do Bispo.
Com altitudes que chegam a
2.050 m, caso da pedra Partida, essas trilhas oferecem uma bela vista panorâmica da serra da Mantiqueira, além de um ambiente cercado por matas de araucárias repletas de orquídeas e esquilos.
Para começar a aventura já com
o vento gelado batendo no rosto,
uma opção é alugar uma moto no
centro do distrito para percorrer
o trajeto até o início das trilhas. Se
a emoção da caminhada não for
suficiente, é possível praticar escalada e descidas de rapel, por
exemplo, na pedra Redonda.
A trilha para o pico do Selado, o
mais alto de Monte Verde, com
cerca de 2.080 m de altitude, satisfaz quem busca um desafio ainda
maior. São três horas de subida,
com trechos bem íngremes, até
atingir o topo da montanha, com
um visual de tirar o pouco do fôlego que ainda resta a essas alturas.
De lá, avistam-se belas paisagens para onde quer que se olhe:
ao sul, a represa de Joanópolis; ao
leste, o Vale do Paraíba e a serra
do Mar; ao norte, a pedra do Baú,
em São Bento do Sapucaí; ao leste,
o vilarejo de Monte Verde e os
mares de morros da Mantiqueira.
Para ir ainda mais longe, vale a
pena caminhar até a vizinha São
Francisco Xavier (SP). São 12 km
vencidos em pouco mais de seis
horas, com opção de fazer o trajeto de mountain bike ou a cavalo.
A trilha termina perto das pedras
de Monte Verde, de onde se pode
apreciar vistas deslumbrantes.
Mas o vilarejo não é privilégio
de "atletas". A trilha do Pinheiro
Velho, que sai do centro do distrito, pode ser feita em cerca de meia
hora e atravessa um caminho de
araucárias centenárias, até chegar
à pista do aeroporto.
De lá, vê-se o imponente conjunto de pedras (Redonda, Partida, Chapéu do Bispo e Selado) e
pode-se ainda fazer um sobrevôo
panorâmico (R$ 60, 15 minutos)
por toda a região -uma boa alternativa para quem quer chegar
perto delas sem ter de se esforçar.
Um rio de água fria
Já para se molhar, mas não de
suor, Monte Verde tem uma atração ainda bem pouco explorada:
o rafting no rio Jaguari. O desconhecimento dos praticantes de esporte não faz jus à aventura do
passeio: há corredeiras de níveis
quatro e cinco (o máximo recomendado para turistas).
As quedas chegam a ter mais de
cinco metros e há trechos de fortes corredeiras, onde é possível
"surfar" (manter o bote parado
sobre uma corredeira com forte
agitação). Nos momentos de remanso, quando a correnteza perde força, dá para apreciar fazendas da região, pequenos povoados e belos cenários pastoris.
Ao final, todos os que estão no
bote correm para a parte traseira
da embarcação e forçam sua virada para um refrescante -para
não dizer congelativo- mergulho nas águas do Jaguari.
ONDE ENCONTRAR - Portal de Monte
Verde (guias e mapas das trilhas): 0/xx/
35/3438-1549; Radix Aventura (rafting
no rio Jaguari): 0/xx/35/3438-2663; Sobrevôo panorâmico: 0/xx/35/3438-1784.
Cássio Aoqui viajou a convite do hotel
Saint Michel.
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