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CAPA
CNT lança concorrente de `Chaves'
da Reportagem Local
O SBT não está mais sozinho
no mercado de telenovelas mexicanas no Brasil. Depois de fechar
contrato de exclusividade com a
Televisa (ex-parceira do SBT), a
CNT/Gazeta prepara o lançamento de um humorístico na linha do programa "Chaves".
"Chespirito", atualmente em
fase de dublagem, conta com o
mesmo elenco de "Chaves", série que rende à emissora de Silvio
Santos uma média de 10 pontos
de audiência na faixa das 13h (cada ponto equivale a 80 mil telespectadores na Grande São Paulo).
Em menos de um mês, a CNT
pretende colocar no ar o humorístico estrelado por Roberto Gomes Bola¤os no período noturno. "Como o SBT sempre obteve
boa audiência importando produtos mexicanos, nós resolvemos investir", afirma Flávio
Martinez, 45, vice-presidente de
operações da CNT.
Martinez está satisfeito com a
média de 2 pontos que o recém-estreado bloco mexicano de
cinco novelas tem alcançado na
emissora entre 17h e 23h ("Alcançar uma Estrela", "Prisioneira do Amor", "Simplesmente Maria", "Coração Selvagem" e "Império de Cristal").
"O processo é lento, já que não
tínhamos tradição nesse setor.
Mas, quando o público tomar
consciência de todas as nossas
opções, a audiência deve aumentar", afirma o vice-presidente.
Contra-ataque
Uma das possibilidade de contra-ataque do SBT seria a co-produção com a Telefe, a principal
rede de TV da Argentina. Silvio
Santos viajou no mês passado a
Buenos Aires, onde teria feito
contatos com a emissora local.
Procurado por três dias, Luciano Callegari, superintendente
artístico e operacional do SBT,
não atendeu a reportagem.
Segundo departamento de divulgação da emissora, Silvio
Santos teria comprado os direitos de "Pérola Negra", um texto
argentino. A proposta seria produzir novelas mais baratas
-com elenco reduzido e 90 capítulos, no máximo.
Depois de exibir "Marimar",
que atingiu a média mensal de 15
pontos e, em algumas ocasiões,
se aproximou da audiência do
"Jornal Nacional", o SBT leva
ao ar atualmente "Maria do
Bairro", mais uma novela estrelada por Thalia.
Já a Record pretende disputar
os fãs de produtos mexicanos
com tramas locais. "Estamos
dando o tom típico de dramalhões latinos ao nosso pacote de
minisséries. Nossas produções
são acessíveis e têm enredo centralizado", conta Eduardo Lafon, 48, diretor de programação
e operações da Record.
Segundo ele, o dramalhão é a
única arma para superar a plástica do padrão global de novelas.
"As classes média e baixa gostam de acompanhar histórias sofridas de fácil entendimento."
(EG)
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