São Paulo, domingo, 05 de janeiro de 2003

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Ator que interpreta Bento Gonçalves estréia na TV aos 43

DA REPORTAGEM LOCAL

Werner Schunemann, 43, foi chamado a estrear na TV como Bento Gonçalves, em "A Casa das Sete Mulheres", por seu trabalho no filme "Netto Perde Sua Alma" (2002), que encantou o diretor da minissérie, Jayme Monjardim. (RR)

Como foi o início da sua carreira?
Comecei no teatro. Em 81, comecei a fazer cinema. Dirigi os longas "Coisa na Roda", em 82, e "Me Beija", em 84. Também fiz "O Inverno", em 83, e "Verdes Anos", em 84, que fez muito sucesso na região Sul. Dirigi "O Mentiroso", em 89, que começou a percorrer o Brasil, porém veio o Collor [Fernando, ex-presidente" e tive que ir para a publicidade. Anos depois, fechei a produtora e me concentrei nos trabalhos de ator. "Tolerância" (2000), de Carlos Gerbase, e "Netto Perde Sua Alma" (2002), de Beto Souza e Tabajara Ruas, são os trabalhos mais recentes.
Como você define seu personagem?
Ele é a referência da trama. As sete mulheres são de Bento Gonçalves: a esposa, três irmãs, a filha e as sobrinhas. No Sul, ele nunca deixou de ser uma referência mítica de herói e grande líder político. É interessante retomar essas pessoas especiais da história da humanidade e incorporá-las ao imaginário do espectador. O amor dele por Caetana é cantado em prosa e verso no Rio Grande do Sul.
Qual é a importância de uma minissérie histórica?
É fundamental. É muito mais barato comprar enlatado pronto. Não somos um país com população de grau de educação elevado. Construiremos o país que queremos se entendermos o passado. A TV tem a capacidade de comunicação que nenhum regime escolar pode ter.
Você foi professor de história durante quatro anos. A minissérie é fiel?
Os fatos são corretamente mostrados. A cultura do Sul, o jeito de falar diferente, paisagens, culinária e, principalmente, uma idéia do que era este país. Nenhum meio de comunicação de massa consegue ser profundo. Isso só é possível nos livros. Mas há um imaginário composto. O lado folhetim dá uma idéia de como era a época.



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