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Programa da Net Rio faz sátira ao "Manhattan Connection"
DA SUCURSAL DO RIO
E LES são quatro verborrágicos analistas que, falando de uma famosa
ilha, de uma grande cidade conhecida
mundialmente, analisam fatos da semana anterior, tudo isso em um canal pago.
Apesar das semelhanças com o aristocrático "Manhattan Connection", esse é
o "Paquetá Connection", exibido às segundas, à 0h, no canal 5 da operadora de
TV paga Net Rio.
O programa está sendo exibido desde
novembro de 1999 e chega amanhã ao
13º episódio. As reprises acontecem às
quartas (às 21h) e sextas (à meia-noite).
A atração é o resultado das conversas
de bar de cinco amigos: o diretor da atração, Fábio Junqueira, os atores Paulo
Carvalho e Antonio Gonzalez, o publicitário João Avelino e Claudio Torres -
redator de "Malhação", da Globo.
A atração é definida por seus criadores
como um programa sério que debate assuntos sobre os quais os programas sérios não falam. Esses assuntos são pinçados de jornais, revistas e na Internet.
Na pauta, notícias como o japonês que,
sem dinheiro, abriu uma banca na qual
cobrava para ser surrado, ou as prostitutas que eram irmãs siamesas.
"Tentávamos, sem sucesso, produzir
uma sitcom, mas aí baixamos nossas
pretensões", conta Paulo Carvalho.
Segundo Junqueira, o projeto de produzir uma sitcom era caro demais, cerca
de R$ 1 milhão. Fazer o programa acabou sendo "sensivelmente mais barato",
brinca Junqueira.
"Conseguimos juntar uns R$ 1.500. Pagamos um pintor para fazer o painel do
fundo, pegamos duas portas de madeira
e fizemos a mesa. Nossa experiência anterior no teatro foi útil. Fizemos muito
com pouco dinheiro", conta o diretor.
O programa é gravado em uma produtora que entrou como parceira na produção. "Se um dia o programa der lucro,
nosso parceiro receberá uma participação", promete o diretor.
A busca por patrocinadores é um trabalho árduo que ainda não deu resultado. No folheto que distribuem a empresários, brincam com personagens como
Bill Gates, os Beatles e Fausto Silva. Perguntam o que eles fariam se recebessem
alguma dessas pessoas em início de carreira, buscando apoio para seus projetos.
Paulo Carvalho tem a convicção de que
está fazendo um programa diferente.
"Temos uma forma de fazer humor que
não tem similar na TV. Queremos ter espaço para mostrar esse trabalho em canais abertos", afirma.
Para Lucas Mendes, o criador do "Manhattan Connection", programas como
esse são "boa publicidade" e estão sempre surgindo. "Em Belo Horizonte, já ouvi falar do "Arruda's Connection". Houve
outras versões em Goiânia, em uma localidade do Nordeste e até em uma rádio
de Curitiba, na qual nossas vozes eram
imitadas com perfeição. O problema é
saber quando é paródia e quando é imitação", brinca.
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