São Paulo, #!L#Domingo, 06 de Fevereiro de 2000


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Programa da Net Rio faz sátira ao "Manhattan Connection"

DA SUCURSAL DO RIO

E LES são quatro verborrágicos analistas que, falando de uma famosa ilha, de uma grande cidade conhecida mundialmente, analisam fatos da semana anterior, tudo isso em um canal pago. Apesar das semelhanças com o aristocrático "Manhattan Connection", esse é o "Paquetá Connection", exibido às segundas, à 0h, no canal 5 da operadora de TV paga Net Rio.
O programa está sendo exibido desde novembro de 1999 e chega amanhã ao 13º episódio. As reprises acontecem às quartas (às 21h) e sextas (à meia-noite).
A atração é o resultado das conversas de bar de cinco amigos: o diretor da atração, Fábio Junqueira, os atores Paulo Carvalho e Antonio Gonzalez, o publicitário João Avelino e Claudio Torres - redator de "Malhação", da Globo.
A atração é definida por seus criadores como um programa sério que debate assuntos sobre os quais os programas sérios não falam. Esses assuntos são pinçados de jornais, revistas e na Internet.
Na pauta, notícias como o japonês que, sem dinheiro, abriu uma banca na qual cobrava para ser surrado, ou as prostitutas que eram irmãs siamesas.
"Tentávamos, sem sucesso, produzir uma sitcom, mas aí baixamos nossas pretensões", conta Paulo Carvalho.
Segundo Junqueira, o projeto de produzir uma sitcom era caro demais, cerca de R$ 1 milhão. Fazer o programa acabou sendo "sensivelmente mais barato", brinca Junqueira.
"Conseguimos juntar uns R$ 1.500. Pagamos um pintor para fazer o painel do fundo, pegamos duas portas de madeira e fizemos a mesa. Nossa experiência anterior no teatro foi útil. Fizemos muito com pouco dinheiro", conta o diretor.
O programa é gravado em uma produtora que entrou como parceira na produção. "Se um dia o programa der lucro, nosso parceiro receberá uma participação", promete o diretor.
A busca por patrocinadores é um trabalho árduo que ainda não deu resultado. No folheto que distribuem a empresários, brincam com personagens como Bill Gates, os Beatles e Fausto Silva. Perguntam o que eles fariam se recebessem alguma dessas pessoas em início de carreira, buscando apoio para seus projetos.
Paulo Carvalho tem a convicção de que está fazendo um programa diferente. "Temos uma forma de fazer humor que não tem similar na TV. Queremos ter espaço para mostrar esse trabalho em canais abertos", afirma.
Para Lucas Mendes, o criador do "Manhattan Connection", programas como esse são "boa publicidade" e estão sempre surgindo. "Em Belo Horizonte, já ouvi falar do "Arruda's Connection". Houve outras versões em Goiânia, em uma localidade do Nordeste e até em uma rádio de Curitiba, na qual nossas vozes eram imitadas com perfeição. O problema é saber quando é paródia e quando é imitação", brinca.


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