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Remake de "Pecado' deve preservar a trilha sonora
do enviado ao Rio
O remake da novela "Pecado Capital", da Globo,
terá boa parte de sua trilha
sonora idêntica à da original, exibida pela emissora
entre 1975 e 1976.
A nova versão da novela
deve estrear em setembro
na faixa das 18h.
Sucessos da época como
"Pecado Capital", de Paulinho da Viola, tema de
abertura da novela, serão
mantidos. É possível, segundo a autora Glória Perez, que os temas ganhem
novas versões e sejam interpretados por outros
cantores.
O bolero "El Día en que
Me Quieras", cantado pelo
grupo Pablo Hernandes y
Sus Vocalistas, também
continuará a fazer parte da
trilha da história no remake. A música era tema de
Salviano Lisboa (que será
interpretado por Francisco
Cuoco).
A operária Lucinha (Carolina Ferraz) deve permanecer com seus dois temas
originais -"Juventude
Transviada" e "Você Não
Passa de uma Mulher",
que dividirá com seu par
romântico, Carlão Moreno
(Eduardo Moscovis). As
canções são de Luiz Melodia e Martinho da Vila,
respectivamente.
"Haverá muitas músicas
repetidas. "Pecado Capital' será a abertura. Só não
posso dizer se elas serão
regravadas", conta Glória.
A escritora pretende homenagear os atores que fizeram a primeira versão de
"Pecado". Numa das cenas, por exemplo, a atriz
Betty Faria (a Lucinha dos
anos 70) aparece tirando
fotos ao lado de Carolina
Ferraz (a mesma personagem na versão anos 90).
O remake terá novos personagens e novos núcleos.
Um dos principais deles, o
bairro de Marechal Hermes (zona oeste do Rio),
não existia nos anos 70.
Para retratar com fidelidade o local onde a trama
se desenvolve, a escritora
abordará temas relativos
ao cotidiano do subúrbio.
"Em toda novela que eu
faço, retrato um bairro
real. Sempre entro em contato com a associação dos
moradores e peço para eles
me explicarem quais são os
principais problemas do
bairro. Em "Pecado Capital' também quero mostrar
uma reivindicação dos
moradores."
Glória cita a novela
"Partido Alto", exibida
pela Globo em 1984, na
qual descrevia o bairro do
Encantado (zona norte do
Rio). O local sofria com a
falta de transporte público,
uma reclamação comum
entre seus moradores.
"Na novela, então, as
personagens vinham andando sempre com sapato
na mão, exaustas e xingando. Ao final da novela, os
moradores ganharam mais
ônibus", lembra.
A escritora afirma ainda
que, em todas as suas
obras, tenta "cumprir um
papel social". "Isso é uma
marca minha. Em 'De
Corpo e Alma', aumentou
o número de doadores de
órgãos no país. Em "Explode Coração', muitas
crianças foram encontradas."
Transplante e doação de
órgãos, bem como crianças desaparecidas, nessa
ordem, foram temas abordados por essas novelas.
(RD)
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