DA REPORTAGEM LOCAL

APESAR do enorme sucesso de "No Limite", que termina hoje e no domingo passado deu pico recorde de 56 pontos no Ibope, a Rede Globo não pretende, pelo menos por enquanto, exibir o programa em seu canal internacional, como costuma fazer com suas principais atrações, entre elas "Laços de Família", "O Cravo e a Rosa" e "Uga Uga".
"Ainda não temos sinal verde da direção da Globo para transmitir "No Limite" no exterior, pois as questões ligadas aos direitos internacionais de transmissão do programa ainda estão sendo resolvidas", diz Carlos Alberto Simonetti, diretor de vendas da Globo Internacional.
A empresa não revela mais detalhes da negociação nem com quem está negociando os direitos. Mas, na época de lançamento da atração, para evitar o pagamento de direitos, negou que "No Limite" copiava algum formato estrangeiro -especificamente o norte-americano "Survivor", da Rede CBS, que tem praticamente o mesmo formato.
"Não copiamos os norte-americanos. Só seguimos a tendência mundial de fazer programas desse estilo", disse, na ocasião, José Bonifácio de Oliveira, o Boninho, diretor do programa.
Simonetti concorda: "Na minha opinião, não temos de pagar nada, pois, apesar de os dois programas serem semelhantes, têm diferenças enormes".
Não deve ser o que pensam os criadores de "Survivor", que terminou recentemente nos EUA, com a vitória do homossexual Richard. No programa norte-americano, 16 participantes, divididos em dois grupos, foram colocados na ilha de Pulau Tiga, na Malásia, para enfrentar situações pouco aprazíveis, com direito a desafios e gincanas.
A cada episódio, uma pessoa do grupo deveria sair. No fim, Richard ganhou como prêmio US$ 1 milhão.
Semelhanças à parte, resta saber se hoje a vencedora brasileira -prêmio de R$ 300 mil- será mesmo a gordinha Elaine, como vem sendo comentado.(ES)

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