DA REPORTAGEM LOCAL

A SÉRIE policial "John Doe", no ar desde março no Brasil, às quintas, às 21h, no canal Fox, trouxe ao país um investigador diferente: um desmemoriado sábio e inteligente, que desconhece a própria origem. Para o ator inglês Dominic Purcell, 33, o vilão Ulrich de "Missão Impossível 2", o papel é um "bom desafio". "Posso interpretá-lo de muitas maneiras, como se ele procurasse saber quem realmente é", disse, ao TV Folha. "Não é comum fazer um personagem que não conheço a fundo."
Mas e o ator? Sabe de onde veio seu John Doe? "Os roteiristas criam a história de modo que eu não conheça suas origens, assim minha procura parece mais autêntica."
Para Purcell, que começou sua carreira encenando peças de Shakespeare -tem, portanto, experiência em "ser ou não ser"-, a intuição e o mistério de Doe são a "essência" da série.
"Gosto também das tentativas dele de iniciar novos relacionamentos e de recomeçar sua vida", afirma. "Ele ri de si mesmo, se diverte com suas habilidades, mas preocupa-se também em descobrir quem é."
Em "John Doe", o protagonista também tem dificuldade para se relacionar com o sexo oposto. Nem o ator sabe o porquê disso. "É outro mistério... talvez ele tenha que reaprender as relações humanas e a confiar nas pessoas", diz.
Purcell vê "John Doe" como uma série inovadora. Motivo: seu investigador trabalha com "outro nível de conhecimento", mais intuitivo, diferente dos clássicos detetives de produções como "Baretta" e "Columbo", por exemplo.
John Doe é o papel mais importante de sua carreira, diz Purcell. "Tem sido uma diversão e um trabalho duro ao mesmo tempo. A primeira temporada levou nove meses para ser gravada, e trabalhei de 14 a 16 horas por dia. Estou preparado para tudo." (RODRIGO RAINHO)


Texto Anterior: Crise: Sem verba, TV Cultura está quase parada
Próximo Texto: Início de carreira: Caminho da fama foi difícil para os mutantes de "X-Men"
Índice