da Reportagem Local

A TVA lançou pacotes populares com preços mais baratos para seduzir o consumidor da classe C e anular a crise do setor de TV paga. A idéia evidencia as diferenças de estratégia entre TVA e Net para conquistar novos assinantes.
A Net segue com a opção de investir em marketing e acreditar que o assinante busca um pacote completo, com mais canais, mesmo que tenha que pagar um preço mais alto por isso.
Executivos da empresa dizem que o mercado voltará a crescer com a instalação, este ano, de sistemas de TV paga em novas cidades brasileiras, o que não aconteceu em 1998. As miniparabólicas do sistema Sky, por exemplo, que não dependiam de novas concessões para operar, tiveram um crescimento no número de assinantes de 237% no ano passado.
Apesar de a Net não se pronunciar a respeito das estratégias da concorrente, um pacote popular está em estudos na operadora há um ano e meio, sem que uma solução seja encontrada.
Os novos pacotes da TVA são o resultado de um ano de negociações com todos os canais. O pacote mais barato da operadora, com seis canais pagos e quatro abertos, custa R$ 21,90 (para antenas MMDS) e o mais caro, com 55 canais, é vendido a R$ 62,90, no cabo.
O número de assinantes de TV paga no Brasil estagnou em 1998. A crise cambial e o aumento no preço das mensalidades em 1999 pioraram essa situação.
Somadas TVA, Net, operadoras independentes e de miniparabólicas (DirecTV, Sky e Tecsat), o mercado chega a 2,7 milhões de assinantes, pouco mais do que no início de 98. O crescimento projetado para este ano não supera 1%, e a meta para 2003 seria chegar a 5,5 milhões de lares com TV paga.
"Não há dúvida que a saída para alavancar o crescimento do número de assinantes está em conquistar a fidelidade da classe C. Para isso, precisávamos criar pacotes que pudessem atraí-los", explica Boaventura dos Santos, diretor de marketing da TVA.


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