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INTERNACIONALIZAÇÃO
Emissora cria birô para a venda de imagens de programas jornalísticos e documentários
Globo monta agência de notícias
RUI DANTAS
da Reportagem Local
A partir desta semana, a
Globo vai estruturar uma
agência de notícias internacional, a Agência Globo
de Notícias.
Por meio do birô, a emissora pretende triplicar a
receita com a venda de
imagens de suas reportagens e documentários no
exterior.
Atualmente, a Globo comercializa cerca de US$ 1
milhão ao ano. A meta da
Divisão de Vendas Internacionais (DVI), departamento que gerencia o novo
órgão da emissora, é atingir US$ 3 milhões já em
1999.
"A agência é um produto extremamente rentável,
que se pagará em pouquíssimo tempo", calcula o diretor da DVI Orlando
Marques, 50. O diretor não
revelou o custo de implantação da agência.
Para ter uma idéia, cada
imagem de 30 segundos é
vendida a emissoras do exterior por um preço que
pode variar entre US$ 300
a 700.
Em maio, às vésperas da
Copa da França, quando
foi anunciado que o atacante Romário fora cortado da seleção brasileira, a
Globo vendeu imagens do
jogador no momento de
sua contusão, em um jogo
do Flamengo, para centenas de emissoras de todo o
mundo.
Segundo Marques, são
muitos os motivos que levaram à criação da Agência Globo de Notícias.
"Além da geração de receita, a emissora vai estar
divulgando a Globo no
mundo inteiro, com a exibição de seu logotipo nas
imagens", avalia.
A emissora também vai
reorganizar sua "library"
-o arquivo de imagens de
documentários- para
compilar programas que
possam ser comercializados com emissoras no exterior.
O principal produto cujas reportagens serão revistas será o "Globo Repórter". O programa já
exibiu vários documentários acerca de temas que,
segundo Marques, têm
uma boa aceitação internacional.
"Podemos editar todos
os "Globo Repórter' que
já falaram de Amazônia ou
Pantanal e vender o produto final em formato de
documentário em série. Isso agrada a clientes europeus e norte-americanos", diz.
O gerenciamento da
Agência Globo de Notícias
caberá ao jornalista Roberto Lestinge, 44, que trabalhou no escritório da emissora em Los Angeles
(EUA) por cerca de 14
anos.
"A importância das notícias sobre o Brasil no exterior hoje em dia é muito
maior do que os brasileiros
imaginam", afirma Lestinge.
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