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MAKING OF
Gorete Milagres mexe em seu programa e tira Filó do estúdio
da Reportagem Local
Depois dos boatos sobre brigas
no SBT, a comediante Gorete Milagres, a faxineira Filó, foi para a
rua. No dia 9 de setembro, ela foi
gravar cenas externas do programa "Ô, Coitado!", que a emissora
exibe às quintas, às 22h30.
A comediante gravou no terminal rodoviário do Tietê cenas do
episódio que vai ao ar nesta quinta. Na história, cujo roteiro ainda
não foi concluído, Filomena decide fazer uma viagem ao interior
de Minas Gerais e vive situações
cômicas.
Os grandes atrativos das gravações foram os diálogos improvisados entre Filomena e quem cruzasse o seu caminho. A humorista, sem largar um galo que carregava debaixo do braço, sentava e
conversava com a pessoa, enquanto sua equipe montava o
equipamento, e depois improvisava um diálogo. "Estamos testando idéias que podem entrar no
programa", afirma Gorete.
Elza Maria Leme, 70, moradora
de Sorocaba, foi uma das "vítimas". Ela foi abordada por Filó
enquanto esperava a hora de viajar para Campos do Jordão. Elza
ficou tão à vontade que improvisou uma brincadeira.
"Ela me perguntava, e eu respondia como se fosse um diálogo
normal. Até brinquei dizendo que
sou de "Cabe City'", conta.
Mas a personagem não contracenou somente com quem ia passando. O ator e roteirista Ronaldo
Ciambroni, que também está escrevendo para o programa, encarnou Donana, personagem
criada por ele há 25 anos.
A obra de Ciambroni é variada.
Ele já escreveu novelas como
"Antônio Alves, Taxista", para o
SBT, tramas religiosas como "Canoa do Bagre", para a Record, e
até peças como "Um Espírito Baixou em Mim", em que um machão encarna o espírito de um homossexual.
As cenas foram dirigidas por
Rodrigo Campos, diretor e ator
teatral amigo de Gorete que aceitou a espinhosa tarefa de assumir
o "Ô, Coitado!" sem um estoque
de episódios prontos depois que a
humorista se desentendeu com
Moacyr e Guto Franco -respectivamente, o co-protagonista e o
diretor do programa. A comediante queria reformular a atração porque não gostava do texto e
da qualidade da produção.
"Tudo tem sido um desafio.
Precisamos colocar histórias inéditas no ar enquanto ainda estamos desenvolvendo um novo formato. Por isso, a cada semana testamos uma nova possibilidade
para o programa", diz Campos.
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