São Paulo, domingo, 24 de novembro de 2002

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SINAL CORTADO

Emissoras menores e Embratel travam batalha

MARCELO BORTOLOTI FREE-LANCE PARA A FOLHA

NA ÚLTIMA segunda-feira a transmissão da TV Educativa, gerada no Rio de Janeiro, foi interrompida pela Embratel das 8h às 12h. A empresa, que transmite via satélite o sinal da emissora, tomou a medida alegando atraso no pagamento do serviço.
O corte se estenderia em outros dias da semana, mas foi brecado na Justiça pela TVE, que acusa a prestadora de ter aumentado a tarifa de forma abusiva. O aumento, de cerca de 250%, se aceito, inviabilizará a produção de programas, segundo a direção da emissora.
Situação parecida viveu a TV Amazonsat, de Manaus, voltada para a cultura e o turismo. A emissora só não teve sua transmissão interrompida porque conseguiu uma liminar.
A Embratel diz que o aumento é resultado de uma mudança na tecnologia de transmissão, do sistema analógico para o digital, e que está amparado por lei.
A maioria das grandes emissoras acatou o novo preço, mas ele atingiu em cheio as menores. "O custo do sinal é muito significativo para nós, e não há empresa que suporte um reajuste deste no meio do ano fiscal", diz o diretor-executivo da TVE, Sylvio Renan de Medeiros.
Para o advogado da Amazonsat, Abraim Calil, a Embratel deveria praticar preços diferenciados de acordo com a situação e localização da emissora. "Eles não querem brigar com as grandes emissoras por terem medo de atitudes mais arbitrárias. Nosso público-alvo é pequeno para causar repercussão", diz.
A direção da Embratel nega que privilegie as emissoras maiores.


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