da Reportagem Local

Nos anos 70, Marcos Paulo foi escalado para quatro novelas consecutivas na Rede Globo na faixa das 19h. Atuou em "Minha Doce Namorada", "O Primeiro Amor", "Uma Rosa com Amor" e "Carinhoso".
"Durante a primeira metade da década de 70, a prática era comum. Isso acontecia em parte devido ao contingente de profissionais, que era bem menor, e outro fator era o preconceito contra a TV que reinava no meio artístico", diz Mauro Alencar, 35, consultor de novelas da Globo e professor de teledramaturgia da oficina de atores da emissora.
Um dos primeiros casos de escalação sucessiva aconteceu com Regina Duarte. Após protagonizar "Véu de Noiva" (1970), novela exibida às 20h na Globo, a atriz foi convocada para o elenco de "Irmãos Coragem" (1971).
O casal Tarcísio Meira e Glória Menezes também protagonizou dobradinhas nos anos 70. Passaram do elenco de "Irmãos Coragem" para o de "O Homem que Deve Morrer" e, depois, de "Cavalo de Aço" para "O Semideus".
"Naquele período, em que a novela estava se firmando como indústria, isso ajudava a construir o ideário ficcional na TV. Era importante para marcar o ator e o seu estilo", comenta Alencar.
Na época, a preocupação com o desgaste de imagem já existia. O consultor destaca principalmente o trabalho de Paulo Gracindo e Lima Duarte. "O primeiro passou de milionário em "O Cafona' para bicheiro em "Bandeira 2' e o segundo interpretou Zeca Diabo em "O Bem-Amado' e, na sequência, o italiano Egisto Ghirotto em "Os Ossos do Barão'." (EG)



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