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Apresentadora assume ser 'brega'
da Reportagem Local
Ana Maria Braga assinou
na última terça-feira um
contrato, de valor não revelado, com a Rede Globo
por quatro anos.
Ana Maria -que diz não
ter vergonha de ser chamada de "Ana Maria Brega"- garante que vai
manter todas as características que fizeram o seu sucesso na Record: as luvas
sem dedos, o Louro José, os
merchandisings e o hábito
de comer os pratos preparados pelos convidados e
passar por debaixo da mesa. O programa tem estréia
prevista para agosto.
Mas a ida para a Globo,
segundo especialistas, não
garante a repetição do sucesso da apresentadora na
Record.
"Ana Maria Braga tende a
sumir dentro da programação da Globo, com um
programa menor. Lá, ela
será mais uma e não terá o
prestígio que tinha na Record", afirma Daniel Barbará, diretor comercial da
agência de publicidade
DPZ.
Segundo ele, a contratação de Ana Maria pela Globo é, mais do que o interesse na apresentadora, um
desejo de anular a audiência da concorrência que está incomodando. "Essa estratégia de tentar agradar
tanto à classe A como à
classe D não dá certo porque acaba não satisfazendo
a nenhuma delas."
Fora do ar até agosto, a
apresentadora completará
quase quatro meses sem
um programa. "A ida para
uma grande emissora, ficando tanto tempo fora do
vídeo, é um risco para
qualquer apresentador de
médio porte", diz Claudio
Venancio, diretor de mídia
da agência de publicidade
Fischer América.
Sem revidar
Mas nada disso parece
abalar Ana Maria Braga,
que se recusa educadamente a responder às críticas feitas pela Rede Record
-como a acusação de ter
abandonado o emprego.
Ana Maria admite que a
ida para uma emissora como a Globo, que admite retirar do ar os programas
que não satisfazem imediatamente suas expectativas,
lhe deixa insegura.
"É claro que gera insegurança, mas, se o programa
for tirado do ar, posso ir
para outro lugar dentro da
emissora, já que meu contrato é de quatro anos",
conforma-se.
Apenas a periodicidade
-de segunda a sexta- e
um protótipo de cenário
do programa estão decididos. Horário, formato e
nome ainda não foram definidos. "Posso garantir
que será um programa que
vai atingir as mulheres das
classes A a D, além dos
adolescentes", afirma ela,
que tem em contrato a possibilidade de ter um programa noturno no ano que
vem. "Não me importo em
qual hora o programa diário será exibido. Estando
na Rede Globo, qualquer
hora é boa. Para mim, não
faz diferença."
Com a possibilidade de
fazer um programa de, no
mínimo, uma hora ao vivo,
Ana Maria ainda se deslumbra com o fato de ter
ido para a Globo: "Lá vou
ter uma pessoa para cuidar
do meu figurino, da maquiagem, da luz, de tudo. É
só levar a minha vontade
de trabalhar".
Segundo ela, todo artista
sonha em ir para a Globo.
"Eu sonhava em trabalhar
no SBT e depois, na Globo.
Queimei uma etapa", comemora.
(AS)
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